quarta-feira, 30 de setembro de 2009

«O castigo? É melhor estar calado» - Paulo Bento

Paulo Bento prefere não reagir à suspensão de 12 dias aplicada pela Comissão Disciplinar da Liga, na sequência da sua expulsão no clássico com o FC Porto, sob pena de o castigo ser agravado.

«Tenho pena, mas a pena pode ser maior depois, por isso é melhor estar calado», soltou o treinador, durante a conferência de imprensa de lançamento do jogo com o Hertha de Berlim, referente à segunda jornada da fase de grupos da Liga Europa.

Fonte: a Bola

Lista Preferencial

Nuno Assis

Apesar de já contar com passagens por dois clubes grandes (Sporting onde foi formado e Benfica), o médio Vimaranense encontra-se novamente em destaque. Já está na casa dos 30, o que não lhe permitirá muitos mais anos na ribalta, mas Assis mostra-se esta época, assim como na anterior, uma das peças fundamentais do Vitória minhoto.
Centro-campista de enorme dinâmica, joga bem com os dois pés e faz das suas diagonais, da ala para o centro do terreno, o seu ponto forte. Jogador muito forte a progredir com a bola nos pés, dotado de uma característica que escasseia no jogador Português de hoje em dia: passa, desmarca… com uma enorme dinâmica de movimentos que o permite estar sempre a dar linha de passe aos companheiros de equipa, e ao mesmo tempo a levar a sua equipa para o ataque.
Contudo, o jogador sempre teve dificuldades no jogo aéreo e nunca possuiu uma meia distância forte, o que também não poderá vir a melhorar visto a sua idade.
Nuno Assis chegou a internacional aquando da sua primeira passagem por Guimarães, teve azar na passagem pelo Benfica, visto ter sido suspenso duas vezes, precisamente quando estava a sobressair no esquema dos encarnados. Muitas vezes conotado como um número dez, foi no entanto na interior esquerda do losango que o criativo mais deu nas vistas.

João Vasco Nunes

Desafio Difícil

Esta semana o desafio difícil quer saber quem foi o primeiro jogador a ganhar o troféu para "melhor jogador" do I Torneio Internacional da Cidade do Cartaxo nos escalão de Iniciados???




Acerte e ganhe o passaporte para escrever na rubrica "Expert da Bola"...

Paulo Bento suspenso por 12 dias

POR TER SIDO EXPULSO NO CLÁSSICO COM O FC PORTO

Paulo Bento foi suspenso por 12 dias pela Comissão Disciplinar (CD) da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), na sequência da sua expulsão no clássico do último fim-de-semana com o FC Porto, em jogo da sexta jornada da Liga Sagres.

Com a punição anunciada pela CD da LPFP esta terça-feira, o técnico sportinguista, que também foi multado em 1.500 euros, não poderá sentar-se no banco de suplentes apenas no encontro de domingo com o Belenenses.

Um jogo para Polga e Veloso

O central Anderson Polga e o médio Miguel Veloso, que também viram cartões vermelhos no Estádio do Dragão, foram castigados com um jogo de suspensão e, assim, não poderão defrontar a equipa do Restelo..

Fonte: Record

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Pérolas do FM

Esta semana apresenta-mos um dos melhores guarda redes da saga Cm. Uma bagatela grega chamada Chiotis.

After Hours

A jornada deste fim de semana iniciou-se na sexta feira com a recepção do Olhanense ao líder Braga. A equipa de Domingos manteve a série imbatível, ganhando por uma bola a zero, com mais um golo do brasileiro Alan. Os bracarenses mostraram esta jornada possuir, além da boa equipa, um enorme coração já que marcou o golo ao 94 (!!!) minutos.
No Sábado realizaram-se a maioria dos jogos desta jornada, devido às eleições legislativas que se realizaram no Domingo. Primeiro jogaram o Setúbal e o Paços de Ferreira. A equipa forasteira conseguiu uma importante vitória, obtendo um golo logo no início da partida que se revelou decisivo.
Seguiu-se o Marítimo – Naval. A equipa de Augusto Inácio, que estava na última posição, conseguiu conquistar a 1ª vitória, vencendo por 2-1 num campo muito difícil, como é o Estádio dos Barreiros. O jogo foi equilibrado e a sorte acabou por sorrir aos navalistas. Destaque para Carlos Carvalhal, que depois desta derrota foi afastado do comando técnico dos madeirenses.
O Rio Ave – Académica foi o jogo que se seguiu. Um empate a zero entre duas equipas que não arriscaram muito nem quiseram correr riscos. No entanto, a existir um vencedor teriam de ser os “estudantes”, que estiveram sempre mais perto do golo.
O quarto jogo desta jornada foi o Porto – Sporting, o primeiro derby da época. Num jogo marcado pela contestação ao árbitro por parte dos “leões” (com razão), o golo solitário de Falcão acabou por decidir o jogo. Na 1ª parte houve mais Porto, que entrou de rompante no jogo. Contudo, na 2ª parte, e já depois da expulsão de Polga e do penalty falhado por El Tigre na sequência da mesma, o Sporting acordou e encostou por completo o Porto às cordas. Apesar de ter sido um esforço inglório, pois a equipa de Paulo Bento não conseguiu chegar ao golo, é de louvar esta atitude da equipa verde e branca. A expulsão de M. Veloso nos minutos finais da partida levantaram o tom da contestação a Duarte Gomes, sendo que Paulo Bento até entrou em campo para pedis satisfações ao juiz da partida.
A fechar realizou-se o Benfica – Leixões. Mais uma goleada e um excelente jogo dos encarnados, que cilindraram os “Bebés” por 5-0! Mau jogo da equipa de José Mota, que entrou muito violenta na partida e logo aos 27 minutos viu Pouga ser expulso. Na 2ª parte também Nuno Silva foi expulso, depois de cometer penalty sobre Aimar. Jogo sem grande história, portanto.
Na segunda feira mais um jogo, com o empate a duas bolas entre Guimarães e Leiria. Bom jogo, com muitos ataques e com as equipas a equilibrarem-se, o que se reflectiu no resultado final.
A jornada só terminará no dia 12 de Outubro, com a realização do jogo Belenenses – Nacional, adiado para essa data.
As “Belas” da semana são 3: Alan, Kerrouche e Aimar. O primeiro pois continua a ser decisivo na equipa do Braga, marcando golos e fazendo jogar; o segundo porque marcou os dois golos da 1ª vitória da Naval no campeonato; e o terceiro por continuar a espalhar magia nos jogos do Benfica, mostrando o que o “velho” Aimar do Valência ainda existe.
Os “Monstros” são Duarte Gomes e Carlos Carvalhal. O árbitro do derby esteve muito mal no capítulo disciplinar, beneficiando claramente a equipa da casa, poupando expulsões e cartões amarelos. O segundo porque foi despedido do Marítimo, onde fez um trabalho muito fraco no tempo em que esteve à frente da equipa.

Vitor Madeira

Resultados: Liga Sagres

6.ª JORNADA

V. Guimarães-U. Leiria, 2-2
(Nuno Assis 33', Roberto 79'; Carlão 42', Paulo Vinícius 53')

Benfica-Leixões, 5-0
(David Luiz 45'+4, Cardozo 56' g.p., 89', Ramires 75', Maxi Pereira 82')

FC Porto-Sporting, 1-0
(Falcão 3')

Marítimo-Naval, 1-2
(Baba, 60'; Kerrouche 40', 83')

Rio Ave-Académica, 0-0

V. Setúbal-P. Ferreira, 0-1
(Maykon 8')

Olhanense-Sp. Braga, 0-1
(Alan 90'+4)

Belenenses-Nacional, 12 outubro (20:15)

Canto Curto

"Quem semeia ventos colhe tempestades"

Foi exactamente isto que aconteceu ao Sporting de Paulo Bento. Apesar do treinador Leonino não ter alimentado polémicas durante a semana que antecedeu o clássico, não pode vir a público falar em nome do Sporting. Foi notório em todos os dias da semana anterior que o Sporting se concentrou mais na nomeação de Duarte Gomes, que propriamente no jogo. Aliás, um senhor que por ventura até é presidente da A.G., não se coibiu de vir a público acusar as autoridades competentes pelo sorteio do árbitro para a partida. Indo mais longe até, muitos dos jogadores do plantel Leonino vieram a público lançar mensagens para Duarte Gomes. Entre eles, o jovem Daniel Carriço, e digo jovem no sentido que nem deveria andar já nestas andanças.
Enfim, o que se seguiu foi o jogo. Jogo esse onde Duarte Gomes errou. Natural! Face ao “circo” montado antes do espectáculo.
Pior foi ainda a reacção de Paulo Bento perto do fim do jogo, imagens que já começam a enjoar por parte do treinador leonino.
Eu hoje prometo ser breve, até porque já falei sobre isto na passada sexta feira. Mas para mim a única solução é proibir completamente os agentes desportivos de falar sobre árbitros. E quem se arriscar a isso, ser severamente punido.
Já estamos um pouco fartos dos constantes dois jogos aplicados a Paulo bento quando as situações são repetitivas. É certo que o técnico dos leões tem razões de queixa, mas não pode reagir como lhe dá na real gana. Eu diria que isto até parece mais influências do director desportivo que se senta ao lado dele.
Por outro lado, Paulo Bento não poderá acusar o árbitro da partida de ter colocado Polga em campo, nem muito menos Grimi que não jogava há sete meses. Esses erros técnicos, sim, Paulo Bento deveria autocriticar-se severamente, da mesma forma que o faz com os árbitros. Neste campo, PB deveria ter aprendido um pouco, com um treinador muito limitado que por cá parou no ano passado, mas que em termos de respeito pelos outros, ninguém lhe pode apontar o dedo!
Eu acabo indo mais longe, para mim um Paulo Bento de boca fechada, seria um treinador com potencial na Europa do futebol. Mas um Paulo Bento de boca aberta nivela-se pelas distritais. Sem menosprezo pelas distritais, porque lá já encontrei “misters” com uma dicção muito melhor que a do treinador dos Leões…

João Vasco Nunes

Selecções roubam Aimar, Di María e Maxi de Paços

Três baixas de vulto para Paços de Ferreira: a Associação de Futebol Argentina não liberta Aimar e Di María para o jogo de segunda-feira, a contar para a sétima jornada da Liga, sucedendo o mesmo com a congénere uruguaia relativamente a Maxi Pereira.

Já a Confederação Brasileira de Futebol e a Associação Paraguaia de Futebol deverão libertar Luisão, Ramires e Cardozo, respectivamente, para o encontro do Minho.

As diferentes respostas aos pedidos que a SAD requisitou encontram justificação na fase em que os quatro países se encontram no que à zona de apuramento rumo ao Mundial 2010 diz respeito: brasileiros e paraguaios já estão qualificados para a África do Sul e daí a maior flexibilidade, ao contrário de Argentina e Paraguai - ambas as selecções têm a presença no campeonato do Mundo em risco e decidiram não abrir excepções (Jonás Gutiérrez também não pode jogar segunda-feira pelo Newcastle), recorrendo aos regulamentos da FIFA, nomeadamente a obrigatoriedade de os clubes cederem os jogadores cinco dias inteiros antes do jogo no caso de os atletas jogarem em confederações que não as de origem.

Recorde-se que as águias jogam dia 5 em Paços de Ferreira por causa do desafio de quinta-feira, frente ao AEK, para a Liga Europa, pelo que Aimar, Di María e Maxi Pereira só iriam treinar-se com as respectivas selecções no dia 7 (a véspera seria passada a cruzar o oceano Atlântico, perdendo os treinos do dia 6).

A Argentina joga dia 10 frente ao Peru, em Buenos Aires (capital), enquanto o Uruguai desloca-se, no mesmo dia, ao Equador (Quito). Quatro dias depois haverá lugar a um escaldante Uruguai-Argentina, em Montevideu (capital do Uruguai), encontro que poderá ditar a exclusão de uma destas equipas da África do Sul. Convém lembrar que há cinco países em luta por dois lugares de acesso ao Campeonato do Mundo e argentinos e uruguaios estão separados apenas por um ponto.


Fonte: a Bola

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Resultados: Liga Vitalis

5.ª JORNADA
Gil Vicente - Fátima, 1-1
(Rui Pedro 88';David Simão 21' gp)

Penafiel - Sp. Covilhã, 1-0
(Larry Clavier 2')

Carregado - Aves, 0-0

Chaves - Estoril, 1-1
(Diop 63'; Anchouet 78')

Beira-Mar - Oliveirense, 1-0
(Rui Varela 61')

Freamunde - Varzim, 2-1
(Bertinho 2', Marco Cláudio 44'; Bruno Moreira 69')

Trofense - Portimonense, 0-3
(Ricardo Pessoa 14' g.p., Aragoney 46', Jorge Monteiro 90+4')

Santa Clara - Feirense, 1-1
(Nuno Santos 78'; Adilson 67')

Trinco Esquerdo




André Amante

Carvalhal já não é treinador do Marítimo



Carlos Carvalhal já não é o treinador do Marítimo. Em comunicado divulgado esta segunda-feira no site do clube, o técnico sublinha ter sido «um privilégio» orientar a equipa verde-rubra e assume sair com «uma mágoa tremenda», por não ter «a possibilidade de retribuir todo o apoio e carinho» que recebeu.

Com seis jornadas disputadas, a equipa dos Barreiros soma uma vitória, dois empates e três derrotas, ocupando a 11.ª posição com cinco pontos.

O desaire caseiro com a Naval, o terceiro consecutivo, acabou por ditar a saída precoce do treinador, que chegou aos Barreiros durante a época transacta para suceder ao brasileiro Lori Sandri.

No comunicado emitido no site do clube, Carlos Carvalhal agradece aos jogadores «pelo empenhamento, disciplina, atitude e profissionalismo» demonstrados e elogia o presidente do clube, Carlos Pereira: «É um grande presidente, um dos melhores que convivi na minha carreira, mas que, na minha opinião merecia mais apoio de alguns que se intitulam Maritimistas».

O técnico esclarece, ainda, nunca ter sentido «o mínimo de pressão, nem contestação, a não ser a natural insatisfação no final dos jogos» que terminaram sem a vitória desejada.

«O Marítimo jogava, criava oportunidades, tinha atitude e vontade de vencer! Saio com uma mágoa tremenda por sentir que o grupo está ‘inteiro’, e ao mesmo tempo não ter a possibilidade de retribuir todo o apoio e carinho manifestado», lamentou.

Fonte: a Bola

«Os baixinhos são mais virtuosos» - Saviola



Uma viagem ao mundo menos conhecido de Saviola em entrevista a A BOLA. A virtude que sempre encontrou pelo facto de ser mais baixo que os outros, as horas de sono que perde a ver os jogos da selecção argentina, o pé de chumbo para dançar e a formação nos rinques que hoje utiliza em proveito próprio. O drible curto é a sua vida.

- Quando começou a perceber que era melhor futebolista que as outras crianças com quem jogava?
- Na minha casa tive sempre alguns problemas com a minha mãe, porque ao contrário dos outros meninos, não gostava de brinquedos. Queria apenas uma coisa: jogar futebol na rua e sempre vestido com camisolas dos clubes. Aos cinco anos comecei a jogar futsal e se pudesse estava 24 horas em acção, só pensava na bola. Desde bem cedo tive apenas uma coisa na cabeça: ser futebolista e jogar pelo River Plate.

- Mas não respondeu à pergunta: era ou não melhor que os outros?
- Não sei. Tinha, isso sim, muita vontade e ansiedade em jogar. Quando terminava um jogo queria jogar outro no dia seguinte. Talvez seja por isso que hoje estou onde estou: pela minha atitude, o ímpeto que sempre tive.

- Ainda hoje se nota a sua formação nos rinques...
- Nalgumas situações ainda pareço um jogador de futsal: nessa modalidade não temos muito espaço e temos de decidir rápido, precisamos de ter movimentos explosivos. Joguei futsal durante seis anos e fui feliz, pois jogava pela minha categoria mas também na dos mais velhos, na altura era permitido. Passava os sábados no Parque Cha.

- Sempre teve esse estilo em campo?
- Nunca mudei a minha forma de jogar: tentar, primeiro, fazer parte de uma jogada ofensiva, chegar à área e, se possível, marcar. De início não era um goleador ou um jogador de área, apesar de nalguns momentos da minha carreira ter jogado como ponta-de-lança puro. No River Plate jogava na mesma posição onde jogo no Benfica: atrás do goleador, onde me sinto mais cómodo. No Barcelona cheguei a jogar como ponta-de-lança, o que é mais difícil para mim, devido ao físico e pelo facto de não estar tanto em jogo, de não vir atrás buscar a bola.

- Numa publicidade a uma marca de artigos desportivos, Messi diz que teve problemas de crescimento mas aproveitou essa desvantagem para tirar outros benefícios. Também desde cedo soube usar as vantagens da baixa estatura?
- Sempre fui um dos meninos mais baixinhos dos vários grupos por onde andei. Mas os mais baixinhos são mais virtuosos [ri-se]. Não temos possibilidade de ganhar uma bola pelo ar ou colocar o corpo, mas temos outras vantagens. Nunca tive complexos ou me senti inferior aos outros, pelo contrário: sempre pensei que por ser mais baixo, era mais rápido e poderia vencer melhor na vida.

- Alguma vez foi rejeitado pela altura?
- Sim. Quando tinha 10/11 anos, um treinador chamado José Curtis disse-me que eu não jogava por causa do meu físico, justificando que estava a proteger-me, pois acreditava que eu chegaria à equipa principal. Na altura não aceitei porque eu queria era jogar... mas quando me estreei pelo River [aos 16 anos] ele veio ter comigo e lembrou-me: 'Eu não te disse?' E eu: 'Pois, pois...'

- É bom dançarino?
- Ah, isso não. Sou muito mau. Divirto-me com os meus amigos, mas dançar não é para mim, só futebol.

- Também não gosta de tango, como a maioria dos argentinos mais novos?
- Não gosto, é verdade. A cultura mudou muito, as mentalidades mudaram, agora gostamos de outras coisas. Isso é mais para os meus pais.

- Mas gosta de ler aqueles títulos de jornais do género: 'tango de Saviola'?
- Isso sim. Qualquer título de jornal com referências à Argentina deixam-me muito satisfeito, faz-me lembrar a minha infância.

- As suas exibições no Benfica começam a ter muito eco na Argentina. Isso deixa-o ansioso para voltar à selecção?
- É normal, não? Tenho muita vontade em voltar. Mas o que me deixa tranquilo é saber que tenho continuidade na minha equipa. Pretendo regressar à selecção mas também não iria querer jogar pela Argentina sem ter possibilidade de o fazer com regularidade aqui.

Fonte: a Bola

domingo, 27 de setembro de 2009

«Quem jogou 15 anos conhece-os a todos...» - Paulo Bento




O treinador do Sporting, Paulo Bento, mostrou-se esta noite indignado com o trabalho do árbitro Duarte Gomes e lançou farpas a Vítor Pereira, responsável pelas nomeações de árbitros na liga.

Depois de ter falado sobre o jogo, Paulo Bento partiu, aos microfones da SportTV, para um violento ataque ao árbitro Duarte Gomes: «Admitimos os nossos erros, mas depois a dualidade de critérios que vai existindo vai fazendo com que sejamos prejudicados. O Miguel [Veloso] fez duas faltas e viu dois amarelos. A primeira é inexistente. O árbitro pediu desculpa ao Miguel na primeira, depois de o ter feito».

O discurso do treinador, que também acabou por receber ordem de expulsão do árbitro lisboeta, endureceu de seguida: «Ando nisto há muitos anos. Quem jogou durante 15 anos à bola, conhece-os a todos e sabe como conseguem fazer as coisas. Não há coincidências! Na parte final da primeira-parte, aquando da falta do Raul Meireles, apercebi-me logo que ele não o ia expulsar. Eles sabem...»

Paulo Bento lamentou ainda não ter falado da nomeação antes da partida com o FC Porto: «Não o quis fazer porque ao longo da minha permanência no Sporting fi-lo uma vez. Desta vez não o quis fazer. Se calhar devia tê-lo feito. Toda a gente o fez, desde a imprensa ao FC Porto. Não sei se vamos ser condecorados com o prémio Nobel da paz, mas o Sporting é demasiado simpático com certas e determinadas situações. Depois, quem paga são os jogadores e paga o treinador. Assim torna-se mais complicado».

O treinador sportinguista criticou também Vítor Pereira, responsável pela Comissão de arbitragem da liga: «Esta nomeação é uma situação normal, vinda de quem vem. Atenção: não é uma situação normal, mas de quem diz que houve 95 por cento de acertos na época passada, acho que é normal. O grande problema desse senhor é que esteve para vir dar a cara para defender este senhor, mas acobardou-se».

Fonte: a Bola

Jesualdo Ferreira - "Ganhámos com justiça"

O penálti falhado foi "o momento do jogo" para Jesualdo Ferreira, após "uma vitória justa" explicada assim: "Desperdiçámos um penálti, rematámos mais à baliza, tivemos mais posse de bola e menos seis faltas do que o Sporting." Um sumário rápido de um jogo em que o FC Porto revelou algumas debilidades, decorrentes "da grande ansiedade de uma equipa com muita gente nova, alguma a viver pela primeira vez este clássico". "Se marcássemos o penálti, fazíamos o 2-0 e poderíamos ter feito um jogo mais repousado", considerou.As questões da arbitragem também passaram pela atenção de Jesualdo Ferreira. Paulo Bento disse que Duarte Gomes pedira desculpa por ter assinalado uma falta inexistente, mas o técnico do FC Porto lançou algumas perguntas esse respeito: "Ele ouviu o árbitro a pedir desculpas? O Paulo Bento foi expulso e saiu muito nervoso. Tenho muita estima pelo Paulo Bento, quando ele vir o jogo sozinho é capaz de mudar de opinião", disse, questionando: "Houve penáltis que não foram? Houve golos que não entraram? Há sempre razões para justificar os resultados. Até parece que o FC Porto não ganhou com justiça, mas que o árbitro se enganou. Ele disse que o FC Porto tinha contestado o árbitro, mas nós não contestámos - quem o fez foi o Sporting. Até por ter sido meu jogador e pelo respeito que tenho por ele, tenho a certeza de que vai ter outra opinião. Achar que o Raul Meireles deveria ter levado outro amarelo é a forma de ele ver o jogo. Também posso dizer que o Raul Meireles viu o primeiro cartão amarelo já o Sporting tinha feito três ou quatro faltas iguais sem penalização." Para Jesualdo, o FC Porto "garantiu uma vitória importante depois de ter feito uma primeira parte equilibrada". "Fomos muito fortes nos primeiros 20' e podíamos ter resolvido o jogo", comentou, considerando que o equilíbrio se manteve "até ao momento da expulsão". Ainda assim, Jesualdo Ferreira destacou a atitude do Sporting, "que conseguiu, através do jogo seguro e com pressão, incomodar e criar situações de perigo". "Nessa altura, quando devíamos ser mais inteligentes e perceber que o jogo estava a nosso favor, não fomos capazes de segurar a bola", concluiu.

Fonte: o Jogo

Veloso: «Deu-me o amarelo e pediu-me desculpa»

JOGADOR REVELA PALAVRAS DE DUARTE GOMES

Falou na primeira pessoa e sabia o que queria dizer. Miguel Veloso não poupou Duarte Gomes e até fez revelações. "Toda a gente viu o que se passou. É uma vergonha. No primeiro amarelo até o árbitro me pediu desculpa. Se o futebol continuar assim, não sei o que vai acontecer", acusou, insistindo na versão que acabara de defender sobre os factos ocorridos ao minuto 26.

"Pediu-me desculpa. Deu-me o amarelo e pediu-me desculpa, isto não é normal. É o futebol, infelizmente", prosseguiu, pedindo que alguém com responsabilidades reveja a sua punição. "Já vi jogadores serem penalizados após os jogos e devia também haver despenalizações após os jogos", defendeu.

O esquerdino continuou então com a sua análise à performance de Duarte Gomes e manteve-se muito contundente. "A dualidade de critérios foi evidente, todos viram. Tentámos tudo, o FC Porto entrou melhor e nós lutámos, mas assim foi impossível", denunciou, responsabilizando o árbitro pelo que se passou no Dragão.

Veloso garantiu que os seus comentários não pretendem alijar as culpas próprias que o Sporting possa ter. "Não nos queremos desculpar. Assumimos os nossos erros", indicou o médio que foi lateral e saiu mais cedo do jogo. O leão faz mea culpa quando não joga o suficiente, mas diz não ser esse o caso. "A verdade é que o árbitro ajudou a este resultado", finalizou, ainda bastante alterado.

Fonte: Record

sábado, 26 de setembro de 2009

Benfica 5 estrelas "afunda" Leixões

Cardozo a bisar e dispara na liderança dos melhores marcadores



O Benfica recebeu e goleou, este sábado, o Leixões, por 5-0, golos de David Luiz, Cardozo (2), Ramires e Maxi, na Luz, numa partida em que a equipa visitante acabou reduzida a nove unidades.

O Benfica começou a partida muito bem e logo nos instantes iniciais podia ter marcado, através de Cardozo, mas depois o Leixões acertou nas marcações e começou a dificultar o jogo ao Benfica, que não encontrava soluções para marcar. Só que aos 27 minutos o Leixões ficou reduzido a 10 unidades, após Pouga ter recebido o segundo cartão amarelo. O Benfica continuou a insistir e no tempo de descontos inaugurou o marcador. Aimar apontou o livre indirecto e David Luiz, de cabeça, desviou com sucesso o esférico.

Na segunda parte o jogo ficou decidido aos 55 minutos. Grande penalidade sobre Aimar, Nuno Silva é expulso, Cardozo não desperdiçou o lance e o Leixões ficou reduzido a nove unidades. Perante este cenário, foi apenas uma questão de minutos até os jogadores do Benfica dilatarem o marcador. Aos 75 minutos, Ramires, quarto golo da época, desviou com sucesso o cruzamento de César Peixoto, aos 81 minutos, após vários ressaltos, Maxi rematou forte e com êxito e aos 88 minutos, Cardozo, de cabeça, fechou a contagem.

Recorde aqui as incidências da partida

Fonte: a Bola

Marcar cedo e cedo vencer dá saúde e faz crescer

Sporting muito "queixoso" acaba jogo com 9 jogadores




O FC Porto venceu esta noite o Sporting (1-0) e assegurou, desta forma, a manutenção da distância de cinco pontos para o Sp. Braga, líder da liga.

O golo que deu a vitória aos dragões surgiu cedo no jogo. Muito cedo. Logo aos 3 minutos, Falcao voou na área dos leões e aproveitou a magistral assistência de Belluschi na marcação de um livre, para, de cabeça, marcar.

Num jogo bem vivo, as duas equipas mostraram sempre grande apetência ofensiva. O Sporting porque tinha de marcar de modo a evitar a derrota, o FC Porto por querer ampliar a vantagem, as duas equipas tiveram várias oportunidades para marcarem.

Postiga cabeceou à barra da baliza de Helton ainda na primeira-parte e, já na segunda (51), Falcao, chamado a bater uma grande penalidade, permitiu a defesa de Rui Patrício.

A jogar desde os 51 minutos com apenas 10 jogadores, devido à expulsão de Polga no lance da grande penalidade, o Sporting acabou, curiosamente, por conseguir maior equilíbrio na partida e aos 86 minutos viu um pontapé acrobático de Vukcevic morrer nas mãos do guarda-redes portista.

Com esta derrota o Sporting continua com 10 pontos em seis jogos e está já a oito pontos do líder e a cinco dos dragões. Se o Benfica vencer o Leixões esta noite, ficará com seis pontos de avanço sobre o rival lisboeta.

Recorde aqui as incidências do jogo

fonte: a Bola

Dia de Futebol e ...

Off Side - os apanhados da bola



Este foi mesmo apanhado em flagrante...

Alan volta a marcar único golo do jogo

Maradona chama Aimar e Di María

Pablo Aimar e Di María integram a lista de convocados de Diego Armando Maradona para os dois últimos jogos da Argentina na fase de apuramento do Mundial-2010, com Peru (10 de Outubro) e Uruguai (14).

As actuações de Aimar ao serviço do Benfica não passaram despercebidas ao seleccionador da formação 'albiceleste', que contemplou 'El Mago' no lote de 18 jogadores que actuam fora da Argentina.

Di María volta igualmente a ser opção, depois de ter falhado os últimos jogos devido a castigo.

Fonte: a Bola

Juiz de linha

Caso: Sporting e Porto disputam amanhã (hoje) mais um clássico, o árbitro nomeado foi Duarte Gomes. Rapidamente se fez desta semana uma guerra aberta contra o árbitro da partida.

Quid Iuris?

Esta manhã ao ler o jornal Record, deparei-me com o facto de estar a ser bombardeado desde a primeira página até a última com a figura do árbitro da partida Duarte Gomes. Eu e mais todas as mentes que pensam, respiram e lêem futebol. Já não bastava as habituais jogadas de bastidores dos clubes, que são no mínimo lamentáveis e vergonhosas, os jornais ainda “patrocinam” estas guerras. Ora as habituais pressões do lado do Dragão, ora até o presidente do Sporting a elogiar o árbitro, houve de tudo. Até um dos habituais colunistas, teve que chamar a figura do arbitro à baila. Voltando ao presidente leonino até fiquei surpreendido, ou talvez não. Tendo em conta as enormes reclamações durante a semana para os lados de Alvalade, vir no fim elogiar o árbitro, parecia que se estava ali a pedir um favor indirectamente.
Não querendo excluir nenhum clube desta situação, acho que se devia pensar um pouco mais naquilo que se diz durante a semana. Devia ser totalmente proibido falar sobre árbitros, muito menos antes dos jogos. Os jornais desportivos deviam ser eles próprios a colocar o dedo na ferida. Todos sabemos o que significa as vendas para estes, mas há que se ter em conta a objectividade jornalística e deixar de “patrocinar” estas patetices de bastidores!

Sentença: Do lado do Porto todas as suspeitas passadas não são poucas. Do Sporting, apesar de tanto insistirem no caso do treinador do guarda-redes, há que lembrar que Duarte Gomes já outrora os beneficiou. Como tudo na vida, isto é um ciclo vicioso e os árbitros que ontem prejudicaram também já beneficiaram.
Está na hora de os clubes passarem desta adolescência, para uma fase mais adulta e responsável e deixaram-se destas criancices. Quando digo clubes, digo todos. Não só Porto e Sporting como também os Benficas e por ai fora… É caso para dizer “deixem jogar o árbitro”!

João Vasco Nunes

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Blogobola




Não se esqueça dê o seu palpite...

* Por atraso, o jogo desta noite entre Olhanense e Braga não contará. Pedimos as nossas desculpas!!!

Trinco Esquerdo



André Amante

Rodríguez, lesionado, falha clássico



O extremo Cristian Rodríguez lesionou-se e não estará presente no clássico de sábado com o Sporting. O técnico portista, Jesualdo Ferreira, decidiu chamar Valeri e Tomás Costa para o jogo com os «leões».

O uruguaio contraiu uma distensão no ligamento lateral interno do joelho esquerdo e por isso não está disponível para enfrentar a turma leonina.

Já se conheciam as ausências de Varela (rotura muscular), Miguel Lopes e Orlando Sá – realizaram tratamento e treino condicionado.

Eis os eleitos de Jesualdo:

Guarda-redes: Helton e Beto;

Defesas: Bruno Alves, Fucile, Rolando, Álvaro Pereira, Maicon, Sapunaru;

Médios: Raul Meireles, Belluschi, Valeri, Tomás Costa, Guarín e Fernando;

Avançados: Falcao, Mariano, Hulk e Farías.

Fonte: a Bola

Caneira ausente do Dragão



O polivalente Marco Caneira contraiu uma lesão durante treino desta manhã e não estará em condições de defrontar o FC Porto, no sábado, em jogo, sexta jornada da Liga portuguesa.

Caneira contraiu um estiramento no músculo do adutor esquerdo, segundo revelou o departamento médico «leonino», e fica deste modo impedido de ajudar o Sporting no Dragão.

Esta lesão vai ainda dificultar mais as coisas para Paulo Bento a nível da faixa lateral, isto porque Pedro Silva e André Marques também estão lesionados, pelo que o argentino Grimi é o único jogador de raiz para essa posição, que regressou aos convocados de Paulo Bento, o mesmo sucedeu com Saleiro e Tiago. Os guarda-redes Ricardo Baptista e Stojkovic, por opção, ficaram de fora.

Eis os eleitos de Paulo Bento:

Guarda-redes: Rui Patrício e Tiago;

Defesas: Carriço, Anderson Polga, Tonel, Grimi e Abel;

Médios: Adrien, Matías, Miguel Veloso, João Moutinho, Angulo e Pereirinha;

Avançados: Saleiro, Vukcevic, Caicedo, Yannick, Postiga, Liedson.

Fonte: a Bola

Materazzi. "O Sporting precisava de um central. Indiquei o meu filho... Acharam que não tinha qualidade."

Em Ibiza, o italiano recorda saída do Sporting, há dez anos, e deseja boa sorte a Paulo Bento no clássico do Dragão




Giuseppe Materazzi está na história do futebol. Do Sporting. E da Europa. Deve ter sido o primeiro treinador a ser demitido das suas funções sem ter perdido um único jogo do campeonato em que participa (duas vitórias, três empates e 9-5 em golos nas primeiras cinco jornadas). Foi há dez anos que a direcção de Roquette despediu o italiano, pai de Marco Materazzi, o herói (para os italianos) e o vilão (para os franceses) na final do Mundial-2006.

No Sporting, Beppe Materazzi foi sempre tido como o vilão mas ele nunca se importou com esse rótulo. Nem em 1999, nem agora. Por falar nisso, onde é que ele anda? O i foi apanhá-lo em Ibiza. De férias e a apanhar sol? Não, a treinar, como adjunto do compatriota Onofrio Barone, no Eivissa Ibiza, que desceu de divisão pelo segundo ano seguido e está nos distritais. Bem disposto, atendeu o telemóvel em italiano e despediu-se com um "adeus, até breve" em português.

Naquele Sporting 1999-2000, que se sagraria campeão pela mão de Augusto Inácio, com a ajuda de Schmeichel, Duscher e Acosta, sem esquecer os reforços de Inverno: César Prates (Real Madrid), André Cruz (Milan) e Mpenza (St. Liège).

Entre Agosto e Setembro de 1999, o Sporting fez seis jogos, um deles para a Taça UEFA, a saber: Santa Clara, 2-2 nos Açores (golos de Edmilson e Acosta a anular a dupla vantagem ao intervalo dos açorianos, em estreia na 1.a divisão); V. Setúbal, 2-1 em casa (Ayew e Beto, este no último minuto); Farense, 3-0 em Faro (Ayew, Rui Jorge e Delfim); Estrela Amadora, 1-1 em casa (Acosta e um penálti falhado por Rui Jorge); Viking, na Noruega (0-3); Gil Vicente, 1-1 no 1.o de Maio em Braga (Delfim a empatar de livre directo num jogo com as expulsões dos centrais sportinguistas Marcos, aos 69', e Beto, aos 83').

A derrota em Stavanger, com o modestíssimo Viking, foi a gota de água que o empate com o Gil Vicente em campo neutro ajudou a destituir Materazzi, o homem que só falava italiano e cujas palestras eram traduzidas para os restantes companheiros pelo ganês Ayew, irmão de Abedi Pelé e com passagens por Itália, pelo Lecce, onde, curiosamente, Materazzi jogou. Mas o jogo desgarrado do Sporting, os sucessivos empates, o naufrágio norueguês face ao Viking e algumas substituições polémicas trataram de acabar com o ambiente do técnico italiano, que não se saiu nada mal num aspecto: seis dos nove golos dos leões foram de bola parada (cantos ou livres).

Cento e quatro dias depois de assinar pelo Sporting, até Junho de 2001, Materazzi fez as malas e voltou a Itália, onde ainda iria treinar nessa época o Veneza, na 1.a divisão italiana. Substituiu Luciano Spaletti, mas, 27 dias depois, Materazzi foi destituído e entrou... Spaletti.

Dez anos depois, que recordações ainda tem do Sporting?

Levo o Sporting no coração. O meu coração tem muitas cores, duas delas são o verde e o branco. Apesar de ser um clube desencontrado com a sua identidade no meu tempo, é um grande de Portugal e isso conta bastante no meu currículo. E não só. Na altura do Sporting-Fiorentina para a qualificação da Champions, percebia-se no discurso da Fio- rentina, bem como nos jornais italianos, uma certa preocupação pelo jogo dos portugueses. Vocês, portugueses, sempre foram assim.

E isso deve-se a quê?

No caso do Sporting, à aposta na escola de formação. Nunca me esqueço do dia em que vi [Cristiano] Ronaldo, magro e frágil a jogar nas camadas jovens. Tinha ele 14 anos e ainda era um menino. Muito tímido e trabalhador, pelo que vi.

E agora é o melhor do mundo.

Sim, é um dos que desequilibram de forma mais espectacular. Aliás, vocês, portugueses têm um talento inato para o futebol. Têm tradição, têm técnica. Futre, Figo, Ronaldo... O Sporting fabrica supertalentos em cada década.

Há dez anos, o que realmente aconteceu com o Sporting?

Para já, não fui demitido. Fizemos um acordo para compensar as quase duas épocas de contrato que ainda me faltava cumprir.

Que argumentos lhe deram para a rescisão?

O presidente José Roquette chamou-me e disse-me que estava insatisfeito com os resultados e com a maneira como a equipa jogava. Não foi preciso mais. A decisão tinha sido tomada, tratou-se de uma simples comunicação.

Foi por isso que não se demitiu? Esperou a demissão para receber uma indemnização?

São coisas diferentes. Estou convencido de que o meu trabalho não era tão mau que merecesse ser despedido. A equipa nunca perdeu, e até conseguiu sobreviver a um período de grande instabilidade directiva sem se afundar completamente. Como treinador competia-me segurar a equipa, e evitar ao máximo que os dramas externos a prejudicassem.

Faltou-lhe o apoio do presidente? Quantas vezes se encontrou com ele?

Apenas uma. No início desse Setembro, chamou-me para me dizer que a equipa jogava mal. Contestei imediatamente e recordei-lhe que ainda esperava certos jogadores.

O Sporting faltou ao prometido?

A verdade é que imediatamente após o fim do estágio [Caldas da Rainha] pedi ao vice-presidente Paulo de Abreu um grupo de jogadores.

Sente-se campeão nacional?

Sim. Pelos cento e poucos dias que trabalhei e pelo De Franceschi, o extremo italiano que levei comigo para aí. A partir de Setembro, tornou-se a minha extensão no Sporting. E ele foi titular no jogo do título [4-0 ao Salgueiros, no Vidal Pinheiro]. Portanto...

O Sporting jogou bom futebol no seu tempo?

Se fizermos um balanço, sim. Ninguém se pode esquecer que logo depois da derrota em Barcelona [3-1, para o Torneio Joan Gamper, fundador do Barça] a instabilidade passou a dominar o comportamento de todos os dirigentes. Fiquei surpreendido com tanta falta de união! Bastava olhar para a cara das pessoas e ver que estavam aterrorizadas. Mais tarde ainda os vi sorrir quando ganhámos ao Farense. Passaram do inferno ao paraíso em poucos instantes. Um desequilíbrio emocional inacreditável [nessa altura, Schmeichel, entrevistado por um jornal dinamarquês, confirmou isso mesmo].

Nessa altura voltou a recordar que precisava de jogadores?

Entre pessoas sérias, basta dizer as coisas uma vez. Fui para Lisboa para trabalhar. Observei a equipa, fiz experiências, apontei-lhe as virtudes e os defeitos. Depois, depois fiquei à espera de que me levassem a sério.

A equipa era boa?

Tinha bons futebolistas, mas não são o fenómeno que os dirigentes e parte dos adeptos estão convencidos que têm nas mãos. Na vida e no futebol é preciso saber controlar a euforia e a depressão. É importante manter a serenidade nas duas situações. Em Lisboa, quando a torta era boa todos queriam uma fatia. Mas quando surgiam os problemas, só sobrava a equipa e o treinador.

Amanhã, é dia de FC Porto-Sporting.

Que jogo vibrante. É um clássico. Um passo em falso e é a morte do artista. Boa sorte para o Paulo Bento.

E o seu filho Marco?

Em 1999, disse aos dirigentes do Sporting que precisávamos de mais um central e indiquei o meu filho. Disseram que não tinha qualidade. Hoje é do Inter de Mourinho e da selecção. Mas o futebol é assim mesmo.

Fonte: i

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Futebol de Gabinete

Uma classe legítima


Anos e anos e continuamos a ouvir, consecutivamente, os mesmos zun-zuns, sempre acerca dos mesmos assuntos mas que não passam, efectivamente, dessa designação. Citando um conhecido comentador da televisão portuguesa, é caso para dizer que não há nada como estudar coisas sérias com o mesmo espírito de quem lê receitas de bacalhau!

A profissionalização da arbitragem em Portugal tornou-se, parece, um tema tabu na sociedade do futebol. O presidente da Liga Hermínio Loureiro prometeu e promoveu, inclusive, aquando da entrada em funções, aquilo a que chamou a urgência da profissionalização dos árbitros.

Na minha opinião e no actual momento, são indispensáveis novos avanços nesta área face a uma classe tão desprestigiada e “abatida” pelos adeptos e pelos próprios intervenientes. Num espectáculo de profissionais, não se justifica que todos os intervenientes, desde jogadores a staff técnico, o sejam e apenas os árbitros andem lá num “part-time” sem qualquer especialização rigorosa e criteriosa. Em adição, está mais que provado que a classe da arbitragem é bastante influente na decisão do resultado final de um jogo, isto apesar das tentativas do “passa despercebido” e, inclusive, de ser o único elemento no terreno que não entra em contacto com o objecto do jogo.

Questionamos: então e o que muda com a profissionalização? Desde já uma coisa tem sido certa em outras áreas, que a profissionalização/privatização e os respectivos métodos de gestão são claramente melhores e beneficiam a produtividade e o rendimento via objectivos. A arbitragem não é diferente, desde que os indivíduos se dediquem à função a tempo inteiro e desse modo se consiga retirar os “outputs” que todos queremos e que acabarão com as suspeições e dignificarão, mais, um jogo de futebol.

É então decisivo que seja adoptado um sistema que promova formação profissional de excelência, com prémios por objectivos e notas e salários ao nível dos auferidos pelos dirigentes dos clubes, tudo isto “ancorado” a uma responsabilização séria da pessoa que gere a equipa. Porque não um modelo de avaliação como tanto se ouviu falar nestes anos? Uma coisa é certa: ou acabava a corrupção já que os profissionais passariam a ter de preservar o emprego, ou os corruptos eram demitidos e julgados, tal como acontece no mundo empresarial.

Parece que as promessas do presidente da liga não passam, afinal, de uma receita sem confecção possível.


Jorge Manuel Honório

Galeria D´arte

Esta semana fica aqui o registo de uma bela jogada realizada por dois magos da Catalunha...

Falcão: «Que os protagonistas sejam os jogadores»

AVANÇADO SOBRE A NOMEAÇÃO DE DUARTE GOMES PARA O CLÁSSICO



Falcão espera que Duarte Gomes passe despercebido no clássico de sábado, entre FC Porto e Sporting. O árbitro lisboeta, recorde-se, foi processado pelos leões devido a supostos insultos e agressões a um dos adjuntos de Paulo Bento, pelo que a sua nomeação para o jogo no Dragão tem dado muito que falar.

"Espero que o árbitro não tenha influência no resultado e que os protagonistas sejam apenas os jogadores", desejou Falcão, em conversa com os jornalistas, antes do treino desta manhã.

O avançado colombiano, de 23 anos, prosseguiu, então, com a sua antevisão ao compromisso com os leões, lembrando que o adversário tem uma boa equipa. "No Sporting as exigência são semelhantes às que temos aqui, no FC Porto. É um rival duro, pelo que teremos de jogar com inteligência", acrescentou.

Fonte: Record

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Miguel Veloso promete lutar pela vitória no Dragão




O médio do Sporting Miguel Veloso prometeu hoje que os leões vão «discutir o resultado» no Dragão e que vão entrar em campo com o objectivo de somar os três pontos, mesmo tendo em conta o valor dos campeões nacionais.

«Acho que é 50 por cento para cada lado. O FC Porto joga no Dragão, mas nós também queremos discutir o resultado, porque qualquer jogo em que o Sporting entra é para ganhar e assim o vamos tentar fazer», afirmou Miguel Veloso.

Os campeões nacionais sofreram duas derrotas consecutivas, mas o médio «leonino» relembra que o adversário tem uma «excelente equipa» e que não será nada fácil: «O FC Porto tem uma excelente equipa e vai tentar o demonstrar, como é óbvio, frente ao Sporting, pelo que nós temos de dar o nosso melhor para alcançarmos o objectivo pretendido.»

Sobre a nomeação do árbitro Duarte Gomes, Miguel Veloso não quis debruçar-se: «O árbitro está escolhido e não vale a pena falar mais sobre isso.»

Fonte: a Bola

Lista Preferencial

Carlão



Ponta de lança sensação em Portugal! Carlão já é falado como um “pseudo-reforço” em Alvalade. Jogador atípico, tendo em conta as suas caracteristicas fisicas. Apesar da sua altura ser sinónimo de tosco, em Carlão vemos tudo menos isso. Um jogador elegante, com facilidade de remate. Sabe desmarcar-se, sabe ser móvel, disfarça a falta de velocidade com alguma técnica e aproveita muito a sua passada larga para progredir no terreno, sempre de olhos postos na baliza adversária.
Um jogador a rever! É certo, que caiu no “goto” da imprensa e tem sido muito publicitado, mas neste início de campeonato já leva dois golos. Mostra que poderá ser de uma enorme regularidade matadora. Quem sabe se vingará em equipas grandes, ou se apenas está talhado para equipas que jogam longe da pressão? O tempo o dirá… Ao ver o ponta de lança da União de Leiria jogar, lembro me de Kanouté. A uma dimensão menor, como é óbvio! Jogadores “esteticamente feios” , mas com uma elegância enorme a moverem-se no último terço de terreno. Como diz LFLobo, o típico jogador de Footbasket, dada a sua estética.

João Vasco Nunes

Javi García falha Leixões

A operação Leixões arrancou com uma baixa de peso: Javi García lesionou-se no jogo de Leiria (estiramento do ligamento lateral externo do joelho direito) e não poderá dar o seu contributo à equipa, no sábado.

Paralelamente, está também em dúvida para a deslocação a Atenas, dia 1 de Outubro, mas há esperança de que possa recuperar a tempo, dado não se tratar de um problema muito grave.

Face a este cenário, Jorge Jesus já escolheu o substituto para o vértice mais recuado do losango: Rúben Amorim. O médio português, um dos jogadores mais polivalentes do plantel, começou a época como lateral-direito, devido à lesão de Maxi Pereira, e regressa agora ao onze para desempenhar funções no meio-campo.

Cardozo volta ao onze

A entrada de Rúben Amorim para o lugar de Javi García não deve constituir a única alteração na equipa encarnada. Também Óscar Cardozo, poupado no jogo de Leiria - entrou aos 65 minutos, ainda a tempo de marcar o golo da vitória, de grande penalidade - deve recuperar o seu lugar na frente de ataque, em detrimento do brasileiro Keirrison, que teve uma exibição muito apagada na cidade do Lis.

Ramires recuperável

O médio brasileiro também se lesionou em Leiria (peritendinite pós-traumática no joelho direito) e ontem, tal como Javi García, limitou-se a fazer tratamento e trabalho de ginásio, mas tudo aponta para que recupere a tempo de enfrentar o Leixões, no sábado.

Luisão em gestão mas operacional

Além de Ramires e Javi García, também Luisão não integrou ontem os trabalhos da equipa, mas por motivos diferentes. O patrão da defesa encarnada fez um treino de recuperação, com corrida no relvado e ginásio, mas apenas por uma questão de gestão de esforço, dado não se debater com qualquer lesão.

A verdade é que, entre Benfica e selecção do Brasil, têm sido muitos jogos consecutivos, no espaço de poucos dias, e sempre a actuar os noventa minutos, fora as desgastantes viagens intercontinentais. Uma situação que obriga a equipa técnica liderada por Jorge Jesus a gerir com alguns cuidados o estado físico do central brasileiro.

Sidnei foi testado ao lado de David Luiz, mas, face à indisponibilidade de Javi García a meio-campo, dificilmente o treinador encarnado abdicará de Luisão na recepção ao conjunto de Matosinhos, sob pena de a equipa perder consistência nos seus processos defensivos.

Fonte: a Bola

Desafio Difícil

Quem foi o Magrebino que agitou as bancadas do Afonso Henriques por volta do ínicio da década de 90???



Responda acertadamente e habilite-se a escrever na rubrica "Expert da Bola"...

Resultados Blogobola

Esta semana tivemos 4 vencedores. Na moderação, vencedor único, com o irreverente técnico André Caeiro a alcançar 6 pontos. Com a mesma pontuação, a nível de users, ficaram João Correia, André "Noddy" Amante e o Scorpitron... Parabéns aos vencedores!!!

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Jorge Costa: «Não foi penálti»

TÉCNICO CONTESTA DECISÃO DE RUI COSTA

Jorge Costa, entre os elogios feitos ao comportamento da sua equipa, não deixou de contestar a decisão do árbitro Rui Costa no lance da grande penalidade que resultou no segundo golo do Sporting.

"Saio muito contente com trabalho dos meus jogadores, pela qualidade do nosso jogo e pela forma desinibida com que jogaram. Saio apenas triste com o resultado. Não é penálti. Gostaria que no final os árbitros pudessem falar, porque os meus jogadores trabalham, tanto ou mais que os outros. Sei que somos uma equipa pequena, mas com honra", afirmou Jorge Costa à Sport TV1, na sua primeira análise ao encontro do Estádio José Alvalade.

O técnico do Olhanense, em relação ao restante do campeonato, acredita que a sua equipa pode continuar a conseguir bons resultados. "A intenção é essa, desde o início. Espero que os jogadores não percam a confiança e que continuem no bom caminho", observou.

Fonte: Record

Pérolas do FM

Esta semana apresentamos o jovem prodígio Chileno Nicolas Millan, que é apelidado como o novo Cristiano Ronaldo...

Resultados: Liga Sagres

5.ª JORNADA

Sporting-Olhanense, 3-2
(Carriço 35', João Moutinho 42' g.p., Vukcevic 87'; Rabiola 9', Castro 19')

U. Leiria-Benfica, 1-2
(David Luiz 18' p.b.; Saviola 5', Cardozo 79' g.p.)

Nacional-Marítimo, 2-1
(Edgar Silva, 35' e 77'; Djalma 57')

Naval-V. Setúbal, 0-1
(Kazmierczak 27')

Académica-Belenenses, 1-1
(Miguel Pedro 4'; Diakité 60')

Sp. Braga-FC Porto, 1-0
(Alan 69')

P. Ferreira-Rio Ave, 1-1
(William 84' g.p.; Adriano 79')

Leixões-V. Guimarães, 3-1
(Laranjeiro 18' g.p., Pouga 48', Zé Manuel, 90'+4; Nuno Assis 31')

After Hours

A jornada 5 da Liga Sagres iniciou-se com o Leixões – Guimarães, e terminou com a vitória para os da casa por 3-1. Primeira vez que os de Matosinhos saíram vitoriosos neste campeonato, num desafio onde mereceram este desfecho, pois foram sempre a melhor equipa.
No Sábado Paços de Ferreira e Rio Ave empataram a uma bola, num jogo equilibrado e onde os forasteiros estiveram mais perto da vitória. Nota para estes, pois ainda não perderam uma única partida nesta Liga.
Mais tarde, o Braga recebeu o Porto e manteve a liderança neste campeonato, com mais uma vitória da equipa arsenalista. O extremo Alan, ex-dragão, marcou o único golo da partida e deu mais 3 pontos à sua equipa. O Porto mostrou falta de criatividade ofensiva, acordando apenas após o golo dos bracarenses.
No Domingo a jornada continuou. Primeiro Académica e Belenenses realizaram um jogo morno, onde nenhuma das equipas quis correr riscos. Assim, o empate a uma bola aceita-se na perfeição.
Depois um jogo de aflitos. A Naval recebeu o Setúbal e, na estreia do novo treinados dos sadinos, Quim, a equipa setubalense conseguiu uma vitória por uma bola a zero, a primeira na presente temporada. A chicotada psicológica resultou em cheio, deixando os da Figueira da Foz na última posição da nossa Liga.
Seguiu-se o escaldante derby madeirense, com o Marítimo a visitar a Choupana para defrontar o Nacional. Os anfitriões venceram por 2-1, num jogo muito equilibrado mas onde a experiência dos da casa se revelou decisiva.
Por fim, o Leiria recebeu o Benfica, num jogo extremamente complicado para os encarnados. Os leirienses demonstraram ser uma equipa muito organizada e que pode casar sérias dificuldades. No final, as águias venceram por escassas duas bolas a uma, com Cardozo a marcar, aos 81 minutos, o golo da vitória, de grande penalidade.
A jornada fechou na 2ª feira, com o Sporting – Olhanense. Entrada fantástica dos de Olhão, que chegaram à meia-hora a vencer por 2-0. Contudo, a equipa de Jorge Costa apenas aguentou o ritmo nesse espaço de tempo. A partir daí, a equipa de Alvalade tomou conta do jogo, virando a partida e vencendo por 3-2. Grande reacção dos leões, que acabaram por vencer com muita justiça.
As “Belas” da semana são duas: Pouga e o Braga. O primeiro pelo golo (mais um) que marcou pelo Leixões a confirmar o bom início de época. O segundo pela razão óbvia: cinco jogos, cinco vitórias, “abatendo” desta vez o tetra-campeão.
O “Monstro” é Augusto Inácio. É verdade que apenas pegou na Naval nesta jornada, mas também é verdade que teve uma estreia paupérrima, perdendo com a pior equipa (até aqui) da Liga, o que deixou a “sua” Naval na última posição do campeonato.

Vítor Madeira

A re(vira)volta do Leão

Meia hora de luxo da Olhanense não chegou para vencer o Sporting (3-2)



Um péssimo início de partida fez com que o Sporting se encontrasse a perder por 0-2 à meia hora do jogo, mas os «leões», com muito sofrimento e dificuldade, conseguiram dar a volta aos acontecimentos e terminaram a vencer (3-2).

Durante os primeiros 30 minutos do encontro, que fechou a quinta jornada da Liga, só deu Olhanense. A equipa liderada por Jorge Costa conseguiu mesmo colocar os homens de Paulo Bento a perder por 0-2.

O avançado Rabiola abriu as hostilidades, aos nove minutos. Um centro perfeito de Ukra foi directamente à cabeça do avançado emprestado pelo FC Porto, que, perante a passividade de Abel e Carriço (o primeiro com mais culpas no lance), bateu Rui Patrício.

O segundo golo algarvio surgiu dez minutos depois, por intermédio de Castro. O médio emprestado pelo FC Porto rematou a cerca de 30 metros da baliza leonina, depois duma jogada onde a defesa do Sporting ficou a ver os homens de Olhão a trocar a bola.

Ainda na primeira parte o Sporting conseguiu reagir e chegar à igualdade. Primeiro por Daniel Carriço (35m). O defesa respondeu da melhor forma a livre convertido por Miguel Veloso, numa altura em que os «leões» começaram a crescer e a conseguir criar perigo.

O capitão do Sporting, João Moutinho, restabeleceu a igualdade aos 42 minutos, na conversão de um castigo máximo assinalado sobre alegada mão na área de Anselmo.

As equipas recolheram aos balneários com o marcador a assinalar o empate merecido por ambas as equipas.

Na segunda parte o equilíbrio entre as equipas foi notório, embora tivesse havido um ligeiro ascendente para a turma de Alvalade. Ambas as equipas tiveram boas oportunidades de chegar à vantagem.

No caso do Olhanense o mais perigoso foi mesmo um remate de longe de Rabiola à trave da baliza de Patrício. O Sporting, por outro lado, teve mais ocasiões como dois cabeceamentos de Liedson (72 e 83 minutos), sendo que o primeiro saiu muito perto do poste esquerdo da baliza de Ventura. Já o segundo proporcionou a defesa da noite ao guardião dos algarvios.

Mas o Sporting viria mesmo a conseguir a vitória num lance um pouco fortuito e com muita passividade da defesa de Olhão, que ficou a ver a bola a saltitar pela área até aos pés de Vukcevic. O montenegrino não teve piedade e, num remate indefensável para Ventura, marcou o golo da vitória leonina.

Com este resultado, os «leões» ficam em igualdade pontual com o FC Porto e motivados para a próxima jornada, onde vão ao Dragão tentar ultrapassar os portistas na tabela classificativa.

O Olhanense somou a primeira derrota desta edição 2009/2010 da Liga.

Recorde aqui as incidências da partida

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Trinco Esquerdo


André Amante

Canto Curto

Qualquer coisa… Pacheco

Ontem decidi aproveitar uma solarenga tarde de Domingo para ir ao Futebol. Desloquei-me ao Municipal da minha cidade, para assistir a um jogo da Liga Vitalis. Isto, visto o AD Carregado estar a jogar em casa emprestada, na minha bonita cidade.
Estava sentado nas bancadas, apenas e só, na condição de adepto de futebol. Logo, longe de fanatismos e facciosismos, isto apesar de um amigo meu estar a jogar pelos da casa. Na mais pura da isenção, dei por mim a assistir a um jogo enfadonho, muito lutado a “meio-campo”, e com interesse praticamente nulo. Dei por mim a pensar a meio da primeira parte, que ainda não se tinha ouvido qualquer tipo de apupo ou injúria à equipa de arbitragem. Ainda nem sequer sabia a cor do árbitro, se vestia amarelo ou preto, se era careca, magro ou gordo… Ou seja, o árbitro, contrariando aquilo que já está enraizado na nossa cultura, conseguiu passar ao lado do jogo e da polémica. E parafraseando o locutor da rádio onde eu escutava os outros relatos da Liga Sagres, “exibição sem mácula” por parte do árbitro da partida. Árbitro esse, que de tão pouco dar nas vistas, nem o nome sei… apenas sei que é qualquer coisa Pacheco!
Isto deixa-me a pensar seriamente, se existe qualidade na arbitragem Portuguesa? À primeira vista, sim! Tendo em conta aquilo que estava perante os meus olhos… Mas expliquem-me o porquê de nestas divisões se assistir a exibições boas da arbitragem e depois a divisão principal ser como é? Aliás os grandes “escândalos” destas divisões inferiores passam-se com árbitros bem conhecidos como intervenientes.
Das duas uma, ou estes jovens árbitros (de qualidade!) não são nem doutores, nem generais e consequentemente não possuem “cunhas” para os grandes palcos. Ou então acusam a pressão nesses mesmos grandes palcos e grandes públicos! Mas de que me lembra, nunca vi este qualquer coisa… Pacheco, num grande palco! Daí tirem as vossas conclusões…
Já começo a pensar que para ser árbitro em Portugal, tem que se dar nas vistas! Os que passam exemplarmente ao lado do jogo e não querem ser protagonistas, nunca lá chegarão!
Talvez qualquer árbitro que se preze tenha que ser protagonista, não vá o destino fazer com que sejam conhecidos por qualquer coisa… Benquerença, Paraty, Paixão, etc.

João Vasco Nunes

Sorteio: Taça de Portugal

Benfica em Monsanto; FC Porto e Sporting jogam em «casa»



O Benfica será o único dos chamados três «grandes» a jogar fora de casa na terceira eliminatória da Taça de Portugal, a primeira com equipas do principal escalão do futebol português.

Aos «encarnados» caberá jogar frente ao Monsanto, que milita na Zona Centro da II Divisão. Já FC Porto e Sporting, vão jogar diante dos seus adeptos. Os «dragões» recebem o Sertanense (pelo terceiro ano consecutivo no caminho do campeão nacional), enquanto o Penafiel (II Liga) vai visitar Alvalade.

Os encontros vão disputar-se no fim-de-semana de 17 e 18 de Outubro.

Sorteio:
FC Porto-Sertanense
Sporting-Penafiel
Monsanto-Benfica
Académica-Portimonense
Paços de Ferreira-Aljustrelense
Leixões-Casa Pia
Merelinense-União de Leiria
Santa Clara-Marítimo
Belenenses-Oriental
Vitória de Guimarães-Feirense
Rio Ave-Esmoriz
Varzim-Nacional
Valenciano-Olhanense
Naval-Padroense
Atlético-Vitória de Setúbal
Sporting da Covilhã-Sporting de Braga
Tondela-Oliveirense
Guinfães-Pescadores
Lordelo-Machico
União da Madeira-Alcains
Cruzado Canicense-Vigor da Mocidade
Leça-Desportivo de Chaves
Fátima-Vila Meã
Beira Mar-Torre de Moncorvo
Camacha-Paredes
Sintrense-Pinhalnovense
Oeiras-Operário
União da Serra-Coimbrões
Tirsense-Oliveira do Bairro
Freamunde-Carregado
Gil Vicente-Nelas
Vieira-vencedor do Mafra-Estrela da Amadora

Fonte: a Bola

Aimar: «Árbitro viu e marcou»

ARGENTINO NÃO ENTENDE AS QUEIXAS EM RELAÇÃO AO PENÁLTI

Aimar voltou a ser fundamental na vitória dos encarnados: El Mago marcou o livre que resultou no primeiro golo, e originou a grande penalidade que selou o suado triunfo das águias. Este segundo lance, muito contestado pelo técnico dos leirienses, não suscitou quaisquer dúvidas ao argentino: "Parece-me penálti. O árbitro viu e marcou portanto não vejo razão para polémica. Foi um jogo muito difícil, de fora até pode nem ter parecido, mas foi."

Salientando as dificuldades encontradas acrescentou: "A U. Leiria é uma equipa que está muito bem montada e conseguiu defender muito bem ao longo da partida. Também não podemos esquecer que o campo estava muito mau e isso dificultou a nossa tarefa. O mais importante foram os três pontos que conquistámos."

Quando entraram em campo os jogadores do Benfica já sabiam que um triunfo podia significar uma vantagem de três pontos sobre o FC Porto que, na próxima jornada, recebe o Sporting no Estádio do Dragão.

O médio-ofensivo de 29 anos, tal como os restantes companheiros, não se mostrou muito impressionado com o desaire do FC Porto, e fez questão de destacar a campanha do líder do campeonato. "Não esqueçam o Sp. Braga que está a jogar muito bem. Temos de continuar a pensar nos nossos jogos e continuar a mostrar o nosso futebol. Faltam 25 jornadas para o final do campeonato. Sinto-me bem e quero continuar assim", conclui.

Fonte: Record

«É com este espírito que se fazem os campeões» – Jorge Jesus




Jorge Jesus reconhece que o Benfica teve de suar para sair de Leiria com os três pontos na bagagem, mas defende que «é com este espírito que se fazem os campeões».

Começando por comentar o lance da grande penalidade, o técnico dos encarnados foi peremptório: «Vi o lance várias vezes na televisão e tenho a certeza de que foi grande penalidade. [O golo do Cardozo] Veio colocar justiça no resultado, mas antes de mais tenho de dizer que jogámos contra uma grande equipa. Não nos criou muitos problemas defensivos, não criou uma oportunidade de golo, jogou sempre com sentido defensivo e nesse capítulo esteve bem, conseguindo anular alguns dos nossos jogadores e fechando-nos os espaços».

«Mas o Benfica está muito forte e com uma crença enorme. Para além da qualidade técnica, está uma equipa guerreira. O campo também não estava muito bom para termos mais qualidade de jogo. É com este espírito que se fazem os campeões», frisou.

«Gostei da exibição num jogo difícil, contra uma equipa que não me engano muito se disser que vai ser uma surpresa do campeonato. Parabéns aos adeptos que encheram o estádio e nos transportaram para a vitória nos últimos 15/20 minutos. Estamos aqui para lhes darmos muitas alegrias», atirou.

Fonte: a Bola

domingo, 20 de setembro de 2009

Resultados Liga Vitalis

4.ª JORNADA

Oliveirense-Freamunde, 2-1
(Hugo Moreira 11' e 38''; Emanuel 50')

Sp. Covilhã - Estoril, 3-1
(Josué 38' g.p., Beré 63', Basílio 79'; Calé 68')

Feirense-Trofense, 3-0
(Nuno Mendes 6' pb, Roberto 21', Renato Queirós 84')

Varzim-Desp. Chaves, 1-0
(Mendes 40')

Portimonense-Gil Vicente, 0-3
(Rui Pedro 70' gp, Sandro 77', Hugo Vieira, 90'+3)

Carregado-Santa Clara, 1-2
(Tiago Rente 44'; Stopira 84', Leandro Tatu 90'+1 gp)

Desp. Aves-Penafiel, 3-2
(Vinicius 5' gp, Paulo Pereira 50', 56'; Vagner 10', Larry Clavier 72')

Fátima-Beira-Mar, 1-2
(Nuno Sousa 54'; Wang 6', Bruno Severino 38')

Classificação:

1 Gil Vicente 9 pontos
2 Feirense 9
3 Oliveirense 8
4 Santa Clara 7
5 Portimonense 7
6 Desp. Aves 6
7 Sp. Covilhã 6
8 BEIRA-MAR 6
9 Freamunde 5
10 Varzim 5
11 Trofense 4
12 Fátima 4
13 Carregado 4
14 Desp. Chaves 2
15 Penafiel 2
16 Estoril 2

Bola parada a bola parada enche a águia o papo

Benfica obtém vitória "suada" (1-2) na cidade do Lis



O Benfica foi a Leiria vencer a União local por 2-1 e garantir os três pontos que lhe permitem isolar-se no segundo lugar da classificação. Saviola (4’) e Cardozo (78’, g.p.), apontaram os golos dos encarnados, David Luiz (19’) marcou na própria baliza o tento dos leirienses.
Um Leiria que se apresentou muito organizado na sua defensiva e que conseguiu pôr sempre o Benfica em ordem. Uma equipa que promete neste campeonato.

Recorde aqui os principais lances da partida

Fonte: a Bola

«FC Porto esteve irreconhecível» - Jesualdo Ferreira




O treinador do FC Porto diz que a sua equipa esteve «irreconhecível» em Braga, de onde saiu com uma derrota (1-0) diante o Sporting local, mas reconhece o mérito da equipa minhota que continua invicta no campeonato.

«O Sp. Braga ganhou bem. O FC Porto esteve irreconhecível, estranhamente nervoso e intranquilo sem razões aparentes. O jogo não começou mal para nós, mas houve muitos passes perdidos, muito nervosismo e intranquilidade. A equipa não conseguiu jogar aquilo que sabe e pode. Entrámos mal na segunda parte, permitimos que o Sp. Braga tivesse alguma supremacia e, numa altura em que jogo estava equilibrada e em que o FC Porto dava sinais que podia chegar à vitória, aconteceu um golo estranho. A partir dai, a equipa jogou emocionalmente descontrolada e não foi capaz de perceber o caminho para chegar à baliza adversária», disse Jesualdo Ferreira, lembrando ainda as intervenções do guardião Eduardo, na recta final da partida, que impediram o FC Porto de chegar ao golo.

O técnico portista lamentou ainda que a equipa tenha perdido em Braga as qualidades que havia demonstrado no jogo com o Chelsea, para a Liga dos Campeões, mas garantiu o FC Porto vai «saber sair desta derrota e encontrar razões para o sucedido». «Vamos ter uma semana para trabalhar e perceber o que se passou», rematou.

Fonte: a Bola

Blog de Notas

Celtic vs Rangers:


O Derby do Old Firm

Com o passar do tempo, o confronto entre os dois históricos emblemas da velha capital escocesa transformou-se, também, num choque político e religioso. De um lado, o Celtic clube dos católicos. Do outro, o Rangers símbolo dos protestantes, pelo qual foi fundado. Com a subversão da vizinha Republica da Irlanda contra o domínio do Império inglês, os adeptos do Celtic, na sua maioria irlandeses, tornaram ainda mais feroz a sua rivalidade com os supporters do Rangers, maioritariamente devotos de Sua Majestade. Durante 70 anos, o Rangers fez inclusive questão de nunca contratar um jogador católico.

Fonte: Planetafutebol

sábado, 19 de setembro de 2009

Alan dissipa dúvidas

"Arcebispos" confirmam liderança após vitória (1-0) sobre o campeão nacional



O Sp. Braga consolidou a liderança ao vencer o FC Porto (1-0) e superou o teste de receber o actual campeão em título. O único golo da partida foi marcado por Alan, aos 69 minutos.

O Sp. Braga começou a partida como líder isolado e durante os 90 minutos explicou a razão por que após o jogo da 5.ª ronda continua invicto ao vencer o FC Porto, actual campeão nacional.

Os mais de 17 mil adeptos que se deslocaram ao Estádio Axa, em Braga, não deram o tempo por perdido. As duas equipas praticaram um bom futebol, bastante corrido e aberto.

O Sp. Braga mostrou-se muito organizado e conseguiu ler bem as jogadas do FC Porto. Apesar das oportunidades irem surgindo quase de ambos os lados, o sector defensivo dos arsenalistas esteve muito bem e fez a diferença.

No segundo tempo, Alan, no flanco direito, fez um chapéu a Helton e marcou o único golo da partida, no dia que comemorou 30 anos.

Os Dragões acusaram algumas dificuldades principalmente na passagem do meio-campo para o ataque. Assim, foi mais fácil ao Sp. Braga cortar os lance do adversário, para é preciso destacar também a importância do outro aniversariante, Eduardo que se saiu muito bem e nos minutos finais negou mesmo o tento do empate a Varela.

Fica a ideia do árbitro ter deixado passar uma falta de Álvaro Pereira sobre Alan, que resultaria em grande penalidade.

Com esta vitória o Sp. Braga soma 15 pontos, enquanto o Fc Porto mantém 10.

Recorde aqui os principais momentos do jogo

Fonte: a Bola

Jesus: «Concordo com o Jesualdo»

TÉCNICO ACEITA A ANÁLISE SOBRE A FORÇA DAS EQUIPAS



Um dia depois de o técnico do FC Porto, Jesualdo Ferreira, ter reconhecido que a atual equipa do Benfica é superior à da época passada, mas sem ser mais forte que os dragões, Jorge Jesus praticamente concordou com as palavras do seu homólogo portista.

"É subjetivo fazermos juízos de valor neste momento. Concordo com o Jesualdo quando diz que o Benfica está mais forte que no ano passado, e talvez também concorde quando ele diz que não estamos mais fortes que eles. Temos os mesmos pontos e estamos os dois atrás do [Sp.]Braga", afirmou um diplomático Jorge Jesus, este sábado, durante a conferência de imprensa em que fez a antevisão do encontro com a U. Leiria.

Sem dar grande importância ao resultado do duelo entre Sp. Braga e FC Porto, que se defrontam na noite deste sábado no Estádio Axa ("Não vale a pena olhar para os outros se não trabalharmos com qualidade e vencermos os nossos jogos e é isso que queremos fazer em Leiria"), Jorge Jesus disse não estar à espera de facilidades na visita ao conjunto treinado por Manuel Fernandes. "Espera-nos um jogo extremamente difícil, como vão ser todos os jogos do campeonato. Penso que a [U.] Leiria vai ser a surpresa do campeonato, pois trata-se de uma equipa muito bem treinada.

Para superar as esperadas dificuldades e conseguir mais um triunfo na Liga, Jorge Jesus conta com o apoio dos adeptos encarnados. "Espero ver muito adeptos do Benfica em Leiria. Foram eles que nos empurraram para a vitória no Restelo. Não basta jogar para ganhar, sabemos que temos responsabilidade com as pessoas que fazem deste clube o maior de Portugal", destacou o técnico das águias..

O treinador benfiquista, por outro lado, rejeitou ter existido qualquer problema disciplinar com Ruben Amorim no encontro da Liga Europa com o BATE Borisov. "O Ruben não se lembrou que tinha de agradecer aos adeptos no final do jogo. Disse-lhe para voltar e nada mais. Não houve qualquer caso de indisciplina", minimizou Jorge Jesus.

Fonte: Record

Off Side - os apanhados da bola

Esta semana fica aqui um top 5 dos golos mais incriveis da história do futebol...

Hélder. "90 por cento dos jogadores não queriam que o Simão fosse capitão"

20 anos depois do início da carreira, o antigo central virou treinador (Estoril) e presidente (Abóboda). A experiência serve para tudo



Quando chegou ao Benfica, Hélder entrou num balneário que tinha Mozer e Rui Costa, João Pinto e Isaías. Depois equipou-se ao lado de Valdo e Ricardo Gomes, jogou com Futre e Caniggia; transferiu--se para o Corunha, admirou Beguiristáin e Rivaldo, Martin Vázquez, Djalminha; ainda foi a Inglaterra conhecer Bobby Robson, por quem chorou mais tarde. Foi quando regressou ao Benfica que, motivado por Jesualdo Ferreira e Camacho, começou a preparar-se para ser treinador. Ajudou Luisão, não morreu de amores por Argel, viu Simão discutir com ele a liderança do balneário e só não esperava que isso lhe custasse a saída de um clube onde pensava ir terminar a carreira. A entrevista do actual treinador do Estoril (Liga Vitalis) que por acaso ainda é presidente do Abóboda.

Quem é o Hélder presidente?

É aquele que se identifica com o clube onde nasceu, uma pessoa agarrada às raízes que faz tudo para ajudar o Abóboda, onde começou - era um apanha- -bolas, às vezes infiltrava-me nos treinos; depois comecei a jogar por lá aos 11 anos.

E o Hélder treinador?

Esse é projecto mais importante, a aposta do momento. Preparei-me, estou a gostar, acredito na minha competência.

Estava planeado há muito?

Não, nada. Quer dizer, fui-me preparando, especialmente nos últimos anos de futebolista. A determinada altura achei que devia ser mais do que um jogador que corria e levantava os joelhos porque lhe mandavam; queria saber por que razão levantava os joelhos.

É um treinador à holandesa?

Também... Mas acho que vou aprender muito com os erros; espero ser um treinador de ataque, que quer ver bom futebol, que vai correr riscos.

No futebolzinho português, em que se joga para o empate e para o pontinho, isso vai ser complicado.

Pois, percebi nos jogos com o Aves e com o Varzim [dois empates]. Não se encontra muita gente com a mesma abordagem. Há quem goste de abrir os jornais no dia seguinte e ver um lugar seguro, um lugar tranquilo.

Na Liga, uma equipa que empate os jogos todos (30 pontos) salva-se...

Aí está a razão desta mentalidade.

Perguntei-lhe se será "holandês" porque na época passada defendeu que Quique Flores deveria ser substituído por um holandês. Alguma fixação?

O campeonato holandês não vale por si só; o que acontece é que os treinadores holandeses, quando estão no estrangeiro, abordam o jogo de forma muito interessante e eficaz. Quique falhou mas Jorge Jesus é o oposto: dá liberdade aos criativos e responsabiliza-os ao mesmo tempo. Cada um sabe o que deve fazer.

Como é que os mesmos futebolistas podem render de forma diferente consoante o treinador?

Depende da forma como são tratados.

São flores de estufa?

Não devem ser... treino futebolistas entre os 18 e os 23 anos, a idade já não conta. Ronaldo, Messi, Pelé... Pelé foi o melhor do mundo aos 17 ou 18 anos. Um jogador não pode passar a vida a pensar que é jovem ou precisa de maturidade.

Mas porque é que se vão abaixo ou podem ser tão diferentes de um ano para o outro?

É fácil ir abaixo, são vícios que se instalam numa equipa. Um jogador tem de saber lutar contra isso, especialmente os que andam pelas divisões inferiores - têm de se preparar para fazer outras coisas, a vida pode correr-lhes mal.

Quem foi o seu melhor treinador?

Gostei de Paulo Autuori pela sua liderança descontraída; de Fernando Santos, pela força de vontade (direccionou--me logo como homem). Adorei Bobby Robson, estava parado na Corunha, chamou-me para o Newcastle e colocou-me logo a jogar; chorei quando soube que morreu. E Camacho! Camacho marcou--me pela mentalidade.

Era o treinador das ganas.

Camacho era o treinador que mais depressa podia ganhar um jogo apenas com o seu impacto na mentalidade de uma equipa. Mas Jesualdo Ferreira também me surpreendeu, pela forma como estava preparado, o que aliás se percebe hoje no FC Porto.

É difícil entender isso porque saiu mal do Benfica.

Faltou-lhe liderança e não conseguiu impor-se, deixou-se dominar porque naquela altura tinha de estar preocupado com muito mais do que apenas treinar. Era o Benfica de então, hoje é um clube diferente, organizado, com uma estrutura estabilizada. Talvez eu tenha chegado tarde, para o ajudar.

O balneário do Benfica pode ser tão complicado (derrotas) e perfeito (vitórias) como se diz?

Hoje é um grande balneário. Isso deixou de existir. Na altura havia falta de identidade. Qualquer um que chegasse podia ter logo uma importância brutal.

No seu segundo ano teve o caso da braçadeira, com Simão, no polémico estágio de Jerez de la Frontera...

... falo disso à vontade, toda a gente sabe como foi: o Benfica tinha perdido o capitão, Drulovic. Camacho entendeu que devia votar-se três capitães. Ganhei, mas o Simão não aceitou. 90 por cento dos jogadores não queriam que o Simão fosse capitão. São águas passadas, hoje percebo que talvez ele precisasse desse estatuto para poder render, mas na altura a nossa amizade ficou beliscada e eu, mais tarde, talvez tenha perdido a minha posição no Benfica devido a esse episódio. O Simão renovou, tornou-se a imagem do Benfica, veio apoiar-me mais tarde, eu tive respeito por ele, mas aquilo marcou--me. Não fiz campanha, apenas viram em mim a pessoa para liderar o balneário. Se alguém do clube me tivesse dito que "o Simão vai renovar contrato, será a imagem do clube, precisa de ser capitão", isso seria outra coisa.

Na altura ficou magoado?

São mágoas de jogador, coisas passadas. O Benfica é o meu clube, nunca o escondi. Claro que um dia gostaria de lá voltar, nada altera isso. Na altura, depois de ter chegado a acordo com o Camacho sobre a minha continuidade, o treinador acabou por sair para o Real Madrid e eu só percebi mais tarde, numa conversa informal, que seria dispensado. Tinha sido o sétimo jogador mais utilizado...

Queria acabar a carreira no Benfica?

Sentia que não devia ficar por ali, fui para fora jogar tal como podia fazer no Benfica. Esperava competir mais uns dois anos, eventualmente continuar no clube com outras funções, a treinar... A minha preocupação com isso tinha começado na altura de Jesualdo Ferreira, depois de uma conversa que tivemos em que ele me motivou para isso. Com Camacho essa minha ideia acentuou-se.

Mas foi para fora.

Fui, porque estava em condições! Não queria dizer que jogasse sempre no Benfica mas podia ter um papel importante, ajudaria a crescer jogadores como o Luisão (veja-se onde chegou) e Ricardo Rocha, que precisavam de uma presença experiente ao lado deles.

Com Argel é que não tinha grande relação...

O Argel... chegou a ser importante, às vezes ajudava. O que interessa é um treinador saber retirar o que cada um tem de bom, saber liderá-lo e utilizá-lo.

Que outros figurões o marcaram?

Lá fora? Tenho de eleger Rivaldo e Djalminha, os melhores criativos. Quando cheguei ao Benfica, o Caniggia já estava numa fase madura... Mozer foi o colega do lado que me deu segurança para crescer, Ricardo Gomes ajudou-me na afirmação, Valdo foi a classe, o futebolista que melhor recebia a bola sob pressão. Ah, e Preud'Homme, o perfeccionista que trabalhava tudo - até num jogo de terceira divisão tirava notas.

Passa o que viu aos seus jogadores?

Algumas coisas, aquilo de bom que vi e que fui escrevendo.

Escrevendo?

Sim, nos últimos cinco anos escrevi muito. Tenho uma boa base para um livro [risos]. Apontei métodos de trabalho, exemplos de dirigentes, de como se recebe um adversário, de coisas positivas e negativas. Não me torna melhor do que os outros mas criei a minha base de dados.

Tem um craque no Estoril, Lulinha, que andou meio perdido. Vai ser jogador?

Perdeu tempo no Brasil. É jogador de último passe, não se esconde. Deu um ou dois passos atrás, saindo do Cortinthians, mas é jogador de primeira liga.

Fonte: i

Amorim aborrecido por ter sido suplente

MÉDIO FICOU AMUADO E SÓ NÃO "FINTOU" APLAUSO FINAL POR ORDEM DO TREINADOR



Amorim não gostou da condição de suplente frente ao BATE Borisov, sendo por isso que tentou rumar à cabina assim que o árbitro Knut Kircher deu por concluído o jogo.

Jorge Jesus chamou-o repetidamente, por forma a que fosse agradecer o apoio do público, mas o médio prosseguiu a caminhada acabando por ser intercetado já no túnel de acesso ao balneário. O treinador do Benfica deu-lhe um raspanete por estar prestes a quebrar uma das regras de coesão do grupo (e de comunhão com os adeptos), obrigando-o a regressar ao relvado para o habitual aplauso coletivo. "É um menino", disse depois JJ, desvalorizando o incidente, até por o jogador já ter prometido não voltar a repetir o deslize.

O amuo de Amorim advém da surpresa provocada pela condição de suplente (utilizado), algo que poucas vezes lhe sucedera nas últimas épocas, qualquer que fosse o treinador. Basta analisar o quadro publicado em anexo, referente apenas às partidas relativas à Liga, para perceber que este jovem de 24 anos se encontra habituado a jogar de início. Desde que chegou aos seniores, Amorim disputou 126 jogos sendo titular em... 106.

Fonte: Record