segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Um gol(it)o de Paulo César e outro de Matheus na vitória do Braga

Vitória (2-0) sobre U. Leiria devolve liderança isolada aos Arsenalistas



A jornada 11 fechou-se em Braga, onde a equipa de Domingos Paciência recebeu o U. Leiria de Lito Vidigal.

Com abitragem de João Ferreira, as equipas alinharam:

Sp. Braga: Eduardo; João Pereira, Moisés e Rodriguez, Evaldo; Mossoró, Vandinho e Andrés Madrid; Alan, Meyong (Matheus, 61) e Paulo César (Adriano, 77)
Suplentes: Kieszek, Filipe Oliveira, André Leone, Matheus, Osvaldo, Adriano e Yazalde.

U. Leiria: Djuricic; Hugo Gomes, Bruno Miguel, Diego Gaúcho e Paulo Vinícius; André Santos, Vitor Moreno (Marco Soares, 77), Elias e Silas (Cássio, 83); Ouattara (Tiago Luís, intervalo) e Carlão
Suplentes: Hélder Godinho, Ronny, Tiago Luís, Marco Soares, Mamadou Tall, Kalaba e Cássio

Marcador: 1-0 por Paulo César (5); 2-0 por Matheus (68)

Fonte: a Bola

Manuel Machado em coma induzido

TREINADOR DO NACIONAL COM "PROGNÓSTICO RESERVADO MAS ESTÁVEL"



O treinador de futebol do Nacional, Manuel Machado, que está internado na Unidade de Cuidados Intensivos do Funchal em coma induzido, continua ter um "prognóstico reservado, mas estável", confirmou a Agência Lusa.

Fonte do gabinete de comunicação do Serviço de Saúde da Madeira adiantou que o técnico da equipa madeirense "está ventilado, em coma induzido para estar mais confortável, e continua a ter um prognóstico reservado, mas está estável."

Acrescentou ainda que Manuel Machado "tem feito pensos diários para limpeza de tecidos mortos no Bloco Operatório e está a ser seguido pela Unidade de Cuidados Intensivos do Hospital Dr. Nélio Mendonça, estando em observação permanente."

"Quando sair, a sua recuperação poderá durar várias semanas ou meses", concluiu.

Manuel Machado foi operado a uma hérnia na zona abdominal no início da semana, numa unidade hospitalar do continente, tendo obtido alta e regressado ao Funchal na passada quarta-feira. Depois, evidenciou sintomas de febre, pelo que acabou por ser hospitalizado na sexta-feira devido a uma infeção na zona operada.

A equipa médica que acompanhou o técnico optou por realizar, no próprio dia, uma nova cirurgia, com o intuito de debelar o problema da infecção e desde essa altura está na Unidade de Cuidados Intensivos daquela unidade hospitalar da capital madeirense.

Devido ao seu estado clínico, Manuel Machado não poderá acompanhar a equipa do nacional na sua deslocação a Bremen, na Alemanha, para o jogo relativo à quinta jornada do Grupo L da Liga Europa.

Quanto ao Clube Desportivo Nacional, ainda não divulgou qualquer informação oficial sobre o sucedido, alegando tratar-se de um assunto do foro pessoal de Manuel Machado.

Fonte: Record

Bracarenses arriscam multa de 15 mil euros

IMAGENS NO TÚNEL DO BRAGA-BENFICA DIVULGADAS SEM AUTORIZAÇÃO

O Sp. Braga poderá vir a ser multado por um valor máximo de 15 mil euros devido à divulgação não autorizada das imagens captadas por uma câmara de segurança no túnel do encontro Sp. Braga-Benfica, segundo a Renascença.

A SIC revelou domingo as imagens que estão a ser analisadas pela Comissão Disciplinar da Liga e a ausência de qualquer notificação à Comissão Nacional de Proteção de Dados, por parte dos bracarenses, para a divulgação das mesmas, está na génese da sanção a que o clube pode vir a ser sujeito.

Recorde-se que os incidentes registados durante o intervalo do encontro redundaram nas expulsões de Cardozo e Leone e por uma queixa dos arsenalistas na Liga contra Rui Costa, Di María, Javi Garcia, Di María e Oscar Cardozo, com base nas imagens captadas pelas câmaras de segurança do Estádio Axa. O clube enviou mesmo um DVD para a Liga com os desacatos registados.

Fonte: Record

Mexer comparado a De Boer e a Ricardo Rocha

AVALIAÇÃO DO TREINADOR QUE O LANÇOU NOS SÉNIORES



Tiago Machaísse, treinador que lançou Mexer nos séniores, considera que o jogador desejado pelo Sporting, "tem as qualidades de um Frank de Boer ou de um Ricardo Rocha, pela forma como faz o desarme, dribla e alimenta o ataque".

Não há jogador perfeito, mas Mexer, quando explora todo o seu potencial, consegue em muitos jogos ser completo", disse Tiago Machaísse.

Segundo o técnico, apesar de ser um "defesa fino, também sabe ser viril, para meter respeito aos avançados". Mas "quase nunca é maldoso, como parte do seu jogo".

Porque não existem jogadores perfeitos, insiste Tiago Machaísse, o treinador Carlos Carvalhal, contratado recentemente pelo Sporting, terá que trabalhar "os timings de Mexer no acompanhamento dos avançados, porque às vezes é apanhado em contra-pé".

"Na alta competição, o tempo das decisões é fundamental. Mas Mexer tem muita margem de progressão para corrigir essa fraqueza", vaticina Tiago Machaísse, que também brilhou durante muitos anos no futebol moçambicano.

Fonte: Record

Trinco Esquerdo




André Amante

João Tomás: «Ainda dou uma boa imagem»

AVANÇADO MARCOU E DIZ QUE A SURPRESA ESTEVE PERTO

Depois de já ter marcado diante do Sporting, o experiente João Tomás voltou a deixar a sua marca diante um dos grandes do futebol português. Contudo, o golo apontado no Dragão não foi suficiente para o Rio Ave pontuar em terreno alheio. Mas, ainda assim, o avançado destaca a forma como a sua equipa se bateu.

"Reconheço que o FC Porto foi superior, criou muitas oportunidade para marcar. Mas nós estivemos à altura, vendemos cara a derrota. Viemos com tranquilidade, fazer o nosso futebol, e estivemos muito perto de surpreender", disse no "flash interview" da Sport Tv.

Apesar de já não ser um jovem, Tomás destaca que ainda tem capacidade para marcar. E pouco lhe importa se consegue tentos diante dos grandes ou dos restantes clubes. "A mim interessa é marcar. Isto é o resultado de muito trabalho e dedicação, não olhando ao bilhete de iodentiudade. Aos 34 anos ainda dou uma boa imagem de um jogador português que consegue marcar golos", atirou.

Fonte: Record

domingo, 29 de novembro de 2009

João Tomás ainda assustou, mas o Dragão lá ganhou

Golo de Varela a dez minutos do fim garante vitória (2-1) sobre Rio Ave



O Estádio do Dragão recebeu esta noite o desafio FC Porto-Rio Ave, um encontro que colocava frente-a-frente 3.º e 6.º classificados.
O FC Porto tinha a obrigação de assumir as rédeas da partida e fê-lo, mas acusou algumas dificuldades. Do lado contrário, o Rio Ave apresentou-se tranquilo, bem organizado e foi conseguindo travar as ofensivas dos dragões.

Sem grandes lances de perigo, o golo do FC Porto surge aos 24 minutos, numa jogada de insistência de Hulk, que deixou para trás dois defesas e tendo depois de superar o guarda-redes Carlos.

Não houve tempo para ver como é o FC Porto geria a vantagem, porque o Rio Ave marcou no minuto seguinte: cruzamento na direita, com João Tomás a saltar mais alto do que Fucile e a cabecear de cima para baixo.

Nos instantes seguintes assistiu-se 10 minutos de bom futebol, com as duas equipas a aumentarem o ritmo de jogo, mas com o aproximar do intervalo, o desafio terminou com a mesma toada dos minutos iniciais.

No segundo tempo, o FC Porto foi sempre procurando a vantagem, mas desperdiçou uma grande penalidade, com Falcão (55 min.) a atirar a barra.

Jesualdo fez algumas alterações, e o FC Porto chegou ao golo da vantagem. Silvestre Varela desvia um cabeceamento de Farias (81), está feito o 2-1, e o técnico teve o retorno da sua aposta num 4x2x4.

Nos minutos finais a equipa da casa foi gerindo a vantagem para segurar os três pontos e assim recuperar na classificação após o empate do adversário directo, o Benfica, que empatou em Alvalade (0-0).

Recorde aqui os principais momentos do desafio

Fonte: a Bola

Resultados Liga Vitalis

11.ª JORNADA

Santa Clara-Beira-Mar, 1-1
(Renan Marques 84'; Gorpita 86')

Gil Vicente-Chaves, 0-3
(Carlos Pinto 60', Castanheira 75' g.p., Cássio 90'+2)

Trofense-Freamunde, 4-0
(Williams 1' e 71', Maciel 14', Reguila 36')

Penafiel-Varzim, 0-0

Aves-Oliveirense, 2-1
(Tiago Valente 6', Júlio César 43'; Laranjeira 9')

Carregado-Estoril, 1-2
(Mauro Bastos 19'; Antchouet 21', Jardel 87')

Covilhã-Portimonense, 3-1
(Auri 44', Pizzi 45'+3, Edgar 72' g.p.; Garavano 57')

Fátima-Feirense, 01/12

Selecção é sonho legítimo para Targino



Targino não esconde desejo de estar presente no Mundial de 2010. As exibições do avançado são sinónimo de vitórias.

O Vitória de Guimarães atravessa bom momento como atestam as últimas quatro vitórias nos últimos quatro jogos. Quem não está alheio às boas exibições da equipa é Tiago Targino.

O jovem avançado tem-se evidenciado na frente de ataque, graças ao seu futebol rápido e à técnica apurada. O Olhanense que o diga.

«Foi um jogo onde voltei a estar em bom plano, ao nível das exibições que pretendo para o futuro, mas sempre com o intuito de melhorar a cada jogo. Sem a ajuda dos meus companheiros não era possível estar bem a nível individual», elogia o atacante, feliz por o seu «momento de forma estar a ajudar a equipa». «O que é muito gratificante para mim», assenta.

De regresso à cidade-berço depois de passagem pelo estrangeiro, Targino está, enfim, a afirmar-se na equipa que o viu crescer.

«Nelo Vingada abriu-me as portas para esta nova etapa da minha vida. No que respeita a Paulo Sérgio, o novo treinador transmitiu-me confiança e o trabalho reflecte-se em campo», agradece.

Fonte: a Bola

Off Side - os apanhados da bola

Esta semana mostra-mos aqui apanhados, mas mesmo reais... Quem não se lembra de um programa de TV que brincou com Mantorras. Uma das cenas mais hilariantes da Tv.




Manuel Machado ainda nos cuidados intensivos

TREINADOR CONHECEU ALGUMAS MELHORIAS ONTEM

O técnico do Nacional, Manuel Machado, continua internado nos cuidados intensivos no Hospital Dr. Nélio Mendonça, no Funchal, depois de ter sido sujeito a uma segunda intervenção cirúrgica no espaço de uma semana. O líder alvinegro teve uma ligeira melhoria na parte da manhã mas o seu estado de saúde "requer alguns cuidados", conforme adiantou fonte hospitalar.

O treinador, de 53 anos, foi operado a uma hérnia na zona abdominal no início da semana, numa unidade hospitalar no continente, tendo recebido alta e regressado ao Funchal na passada quarta-feira. No entanto, sintomas de febre obrigaram à sua hospitalização na manhã de anteontem, quando foi diagnosticada uma infeção, o que obrigou a nova cirurgia.

Segundo fonte dos nacionalistas, é certo que Manuel Machado estará ausente dos treinos nas próximas semanas, não acompanhando a equipa na Liga Europa em Bremen, na Alemanha (jogo no dia 3 de dezembro) e na Choupana frente ao Áustria Viena (no dia 16), para além das próximas jornadas da competição portuguesa até final do ano.

Ontem, frente à Naval, foi visível a vontade do grupo de trabalho em dedicar a vitória ao treinador. Aliás, a atual estado clínico do técnico dos alvinegros torna menos alegre as comemorações do 99.º aniversário do Nacional, cujo ponto alto está marcado para o próximo dia 8 de dezembro, com um jantar no Casino do Funchal.

Fonte: Record

Jesus diz que Sporting está fora da luta, mas compreende relvado «impraticável»



O treinador do Benfica teve comentário curioso ao dizer que «agora percebe» dificuldades do Sporting devido ao relvado. Resultado é melhor para Benfica, leões ficaram arredados, diz.

«O Sporting, com este empate, perdeu praticamente as hipóteses de poder sonhar com o título, nós mantivemos os mesmos 11 pontos de vantagem, por isso este ponto foi melhor para nós do que para o Sporting», disse na flash-interview.

Jesus considerou que «a organização defensiva suplantou a qualidade ofensiva». «As defesas estiveram sempre muito fortes, não deixaram que houvesse grandes oportunidades de golo», disse, falando depois no estado do relvado: «É muito difícil jogar neste campo, agora percebo que o Sporting deve ter imensas dificuldades quando joga com outras equipas em jogos que tem de ganhar. este campo está impraticável para se jogar.»

Na conferência de imprensa, o técnico reforçou esta opinião, referindo que o relvado prejudica muito o Sporting: «Este relvado é muito fofo, não proporciona qualidade de jogo, é muito cansativo.»

Justificando a falta de golos, Jesus diz que o adversários «já conhecem melhor o Benfica» e sabem melhor o que fazer para não sofrer golos.

Fonte: a Bola

Tanta parra, para tão pouco futebol

Benfica e Sporting anularam-se, num espectáculo anunciado, que apenas se traduziu numa batalha táctica a meio-campo



Sporting e Benfica “empataram” o derby, realizado hoje à noite em Alvalade. Um jogo que muita tinta fez correr antes do apito inicial do árbitro, mas que no fim se traduziu num equilíbrio entre os dois rivais, que acabaram empatados 0-0.
O jogo começou com uma toada forte do Sporting. Muito pressionante sobre a bola, com muita garra e empenho. Carvalhal apostou numa fortificação do meio-campo, com a entrada de Adrien no onze inicial. De forma, a anular as principais armas encarnadas, principalmente Aimar. O meio-campo preenchido e compacto leonino foi chegando para as despesas, conseguindo uma maior posse de bola inicial. Só a meio da primeira parte, o Benfica conseguiu ter mais posse de bola. Jesus percebeu que o “miolo” benfiquista estava em inferioridade numérica, e deslocou Ramires para o meio. Fazendo, ora Aimar, ora Saviola, o lado direito do ataque. Deixando a frente de ataque entregue a Cardozo, que a espaços ia tentando criar perigo.
Até então raras foram as oportunidades para ambos os lados, salvo rara excepção. Pelo Sporting Liedson e Polga, foram dos únicos a criar perigo. No Benfica Cardozo, e algumas das habituais bolas paradas, iam tentando assustar a defensiva contrária.
No segundo tempo mais do mesmo. As oportunidades essas, foram aparecendo, mas nunca com grande perigo.
O jogo continuava equilibrado, como na primeira parte. Aimar vinha recuando no campo e assim assumindo mais posse de bola, de forma a poder municiar o ataque dos vermelhos. Saviola foi o primeiro a criar perigo, com uma bola à barra. Na resposta, Miguel Veloso do “meio da rua”, a proporcionar uma fantástica defesa a Quim. Era uma bola com selo de golo.
Com o aproximar do fim do jogo, as equipas iam-se desgastando. Começaram a surgir algumas jogadas de parada e resposta. Mas os rivais eternos, falhavam sempre, no delinear do fim destas. Muito nervosas as equipas, no capítulo do último passe.
Com mais umas quantas bolas paradas de perigo para ambos, chegou o fim do jogo
O Benfica teve mais ataques (poucos), o Sporting mais um remate, e a posse de bola também repartida, com pendente para o Benfica.
A nível individual, de destacar as exibições de Javi Garcia (mais vale quebrar que torcer), de Sidnei (até à lesão) e David Luiz (foi capitão e também patrão), pelos encarnados. Pelo Sporting, Liedson (o batalhador incansável do costume), Adrien e Caneira, ambos com entradas positivas no onze leonino.
Mas maior destaque que estes, teve o árbitro da partida, Pedro Proença. Lances polémicos não existiram. Duvidosos igualmente, salvo rara excepção, o que é banalíssimo. Um árbitro que passou a bola aos artistas, não procurando o protagonismo. Passou ao lado do jogo, o que é sempre de saudar.
Um derby que prometia ser de grande nível, mas que foi equilibrado a todos os níveis!

João Vasco Nunes

sábado, 28 de novembro de 2009

Relembrar os Derbys: O último dos últimos

Relembrar os Derbys: a Reviravolta



Relembrar os Derbys: O dia em que só Beto sabe porque não ficou em casa...

Relembrar os Derbys: o 6-3

Relembrar os Derbys: o 7-1

Nas horas que antecedem o tão esperado encontro, iremos colocar aqui os resumos de 5 dos últimos derbys mais marcantes...

Petit - "Na selecção tinha vergonha de dizer: Ó Figo, Ó Rui"

Petit saiu do bairro, saiu da escola, saiu do nada para jogar com os melhores. Sem dentes, se for preciso Bicampeão português (Boavista-2001 e Benfica-2005), o Pitbull está hoje no Colónia, da 1.ª Divisão alemã



Nas últimas eleições do Benfica, Bruno Carvalho anunciou Petit como mandatário da sua candidatura. Foi uma bomba. Petit na política? Parecia mentira, agora percebe-se que era impossível. Afinal o homem nem sabia o que queria dizer mandatário. Hoje, quando o encontramos em Colónia, di-lo da mesma maneira que chegou a campeão no Boavista ou no Benfica, ou a internacional português: a assumir os erros, as sortes e os azares sofridos pelo caminho.

Já lhe chamam Pitbull aqui também?

Não, aqui por acaso alguns chamam-me Armando. Afinal é o meu nome.

Cristopher Daum, o seu primeiro treinador, dizia que você vinha elevar o nível de toda equipa.

É essa a ideia. O ano passado, quando cheguei, o Colónia tinha acabado de subir à 1.a Divisão. A maior parte dos jogadores tem pouca experiência mas queremos estabilizar o clube a meio da tabela para dentro de alguns anos pensarmos em voos mais altos. Estava habituado a ganhar sempre, agora sou útil de outra forma.

Maniche, seu colega, disse-nos que aqui há menos mordomias. É o regresso ao seu tempo de miúdo?

É um pouco assim, mas principalmente com os mais novos. Lembro-me que quando era miúdo também tratava as minhas botas, já rotas na frente. Metia-lhes graxa para disfarçar.

Lembra-se do primeiro par de botas?

Tinha sete anos e estava no Bom Pastor, o clube onde comecei [no Porto]. Tive de aguentar com elas até ao fim da época, acabei a jogar com um dedo de fora… os campos eram pelados e cheios de lama.

O que lhe ficou marcado da infância?

Comecei a jogar com o Mário Silva lá no meu bairro. Ganhámos um jogo ao Boavista, 2-0, e foi por isso que depois nos mudámos para lá. Nesse jogo eu era defesa central, o Boavista e o FC Porto interessaram-se mas acabámos por escolher o Boavista. Pagaram quinze pares de chuteiras e quinze bolas.

Pelos dois?

Sim, eu e o Mário, quinze pares de chuteiras e quinze bolas.

Mas não chegou a treinar no FC Porto?

Fomos lá mas éramos miúdos do bairro e não sentimos apoio… os outros estavam lá todos com os pais e nós ficámos um bocado envergonhados. Voltámos para o Bom Pastor, ganhámos o tal jogo ao Boavista e fomos para o Bessa.

Já tinha ordenado?

Recebia o valor do passe, para os transportes. Dava para andar em todo o lado, para ir para a escola, para treinar, para ir para a praia ou ao centro comercial.

Falou em ser defesa central, mas chegou a ser guarda-redes.

Na primeira vez fui para o Boavista como guarda-redes. Era grande, pelo menos para as balizas de hóquei em patins! No torneio dos dragõezinhos, no Porto, era guarda-redes de manhã, no escalão de escolinhas, mas à tarde ia jogar como central nos infantis. Entre um jogo e outro ia ao restaurante dos meus pais comer qualquer coisa. Foi como guarda-redes que fui treinar ao Boavista. O meu pai não tinha possibilidade de me levar, dava-me dinheiro para ir de táxi, 200 escudos para lá e 200 escudos para cá, mas um dia a conta já ia nos 250 escudos e depois não tinha dinheiro para o regresso. Mandei parar o táxi, saí, tive vergonha de chegar tarde ao treino, não fui e voltei para casa. Aí o meu pai deu--me… Não fui mais. Voltei ao Bom Pastor e entretanto comecei a jogar a central.

O que fazia mais?

Quando estava a caminho dos treze anos fui operado a um joelho porque tinha uma perna mais curta que a outra. Fiquei parado ano e meio. A escola ficou para trás, lembro-me de ser expulso, não dava mais, disseram-me que eu era... inteligente de mais para a escola. Abandonei e fui trabalhar para o restaurante do meu pai. Trabalhava, ia treinar, depois saía do treino e voltava ao trabalho. Até aos dezoito anos foi sempre assim.

O que fazia no restaurante?

Servia à mesa.

E as gorjetas?

Eram para mim, para, de vez em quando, ir de táxi, quando não dava para chegar a tempo de autocarro. Eu e o Mário. Andámos sempre juntos até aos dezoito, quando fomos campeões nacionais de juniores. Aí o Mário ficou no plantel e eu fui para Esposende. E para a tropa.

Não conseguiu escapar?

Na inspecção meteram-me o carimbo e fiquei apto, não tive hipótese. Tinha contrato com o Boavista mas estava na 2.a Divisão B. Lembro-me que um coronel lá do clube tentou livrar-me mas não conseguiu. Ainda pensei que seria só a recruta mas estive lá seis meses, fui para Santa Margarida [em Constância, Santarém].

O que aprendeu na tropa?

Fiz amigos, passei muitas noites à porta de armas. Ao princípio ia correr sozinho mas depois desanimei, não fazia nada, jogava de vez em quando com o pessoal e pensava que ia desistir do futebol. Quando saí da tropa fui para o Gondomar, dois meses, mas as coisas não correram bem porque não tinha força, nada, perdi o ritmo. No final da época, os emprestados do Boavista treinavam sempre uma semana no Bessa, mas eu não fui. Fui de férias.

Fugiu para o Algarve.

Foi. Não andava bem da cabeça. O meu treinador da altura, Mário Reis, foi com Hernâni Ascensão ao restaurante do meu pai perguntar por mim. Quando regressei, o Mário Reis puxou-me as orelhas e acabei por ser emprestado ao União de Lamas [2.a Divisão de Honra].


O BOAVISTA


Por que razão teve dúvidas? Depois foi campeão no Boavista!

Foram seis meses na tropa e… dificilmente ficava logo numa equipa boa, apesar de ter sido campeão em todos os escalões de formação. Acabei por ir para a 1.a Divisão (Gil Vicente, acabámos a um ponto da Europa) e regressei para ser campeão no Bessa. Um dia estávamos em estágio no Hotel Ipanema e o Jaime Pacheco chamou-me. Normalmente, quando um treinador chama ou é para jogar ou para ficar de fora. E eu pensei: “Já fui.” Ele disse-me que ia jogar e marcar o Totti [da Roma, em jogo de Liga dos Campeões]. Depois o Pacheco achou que estava a ficar com muita moral e, em Faro, tirou-me ao intervalo. Na semana seguinte deixou-me de fora. Passou outro jogo e lançou-me a titular, dizia que queria ver a reacção, que fez aquilo para eu baixar um bocadinho a crista, mas como viu que eu trabalhava sempre da mesma maneira, deu-me o lugar.

Jaime Pacheco foi o treinador mais importante da sua carreira?

Talvez o Jaime Pacheco e o Álvaro Magalhães. O Álvaro acreditou em mim e estreou-me na 1.a Divisão, no Gil Vicente. O Pacheco lançou-me num clube que um ano antes tinha estado na Liga dos Campeões e ficado em segundo no campeonato. O Boavista era o quarto grande, tinha jogadores de qualidade. Ajudou-me, puxou-me as orelhas, eu revia--me nele e ele em mim.

São mesmo parecidos?

Como jogadores e como pessoas. O treino, para o Pacheco, era como o jogo. Tínhamos de treinar de pitons de alumínio e de caneleiras de carbono. Sempre.

Só caneleiras de carbono?

Alguns metiam umas caneleiras de pano, o Vítor Nóvoa [adjunto de Pacheco] ia lá apalpar e éramos obrigados a meter outras. Foi essa disciplina que levou aquele grupo de Pacheco a ter sucesso ano após ano. Depois íamos uns quinze almoçar, levávamos as mulheres e os filhos, passávamos o ano novo juntos e fazíamos karaokes.

Como é que vocês corriam tanto?

Trabalhávamos muito. Lembro-me de nós e o FC Porto jogarmos a um sábado, termos folga a um domingo e na segunda-feira irmos correr para o parque da cidade. Os jogadores do FC Porto andavam em passo ligeiro, a recuperar, e olhavam para nós a fazer sprints. Muita gente suspeitava que tomássemos alguma coisa mas o Boavista era controlado.

Falou-se muito da cafeína.

Dois anos antes houve médicos suspensos. Depois disso, a nossa força vinha do trabalho.

Qual foi o jogo da sua vida?

Talvez quando fui campeão pelo Boavista e depois quando fui campeão pelo Benfica. Na selecção tive muitos… mas os jogos são todos iguais para mim, são todos como se fossem o último.

Uma vez partiu o maxilar [Benfica-Académica, no Estádio da Luz] e a sensação que deu foi que queria continuar dentro do campo.

Sim, pensava que ia continuar. Passei a língua, vi que não tinha os dentes mas julguei que era uma questão de estancar o sangue. Só quando o doutor Bernardo [Vasconcelos] me disse que o maxilar tinha ido para trás é que percebi que estava pendurado. É a minha maneira de ser, dou tudo...

Camacho chegou a irritar-se depois de uma lesão sua. Queria que você soubesse dosear o esforço.

É verdade, mas eu só cheguei onde cheguei por disputar cada lance como se fosse o último. Por isso é que dizem que dou muita porrada.

E não dá?

Naquela posição [trinco] tem de se ser um jogador duro. Se eu não fosse assim, se calhar estava a jogar na terceira divisão ou então não era profissional. Cada macaco no seu galho, cada um faz o seu trabalho e eu sempre fiz o meu, fosse no Boavista fosse no Benfica.

Alguma vez se arrependeu de alguma jogada dentro do campo?

Não, porque eu nunca lesionei ninguém! Há um lance… que foi sem maldade mas podia ter magoado. Foi uma entrada ao Targino, do Vitória de Guimarães, calquei-o por trás para cortar um contra-ataque, era cartão amarelo de certeza. Queria dar-lhe um toque, depois viu-se o pé a torcer. Mas nunca magoei nenhum jogador. Pelo contrário, já me aleijaram várias vezes. E não sou de me queixar!

Deco partiu-lhe o pé, quando ainda estava no Boavista.

Pois foi. Ele levou o pé por cima e eu por baixo, era uma bola dividida… mesmo assim continuei a jogar porque o Pacheco não me deixava sair. Andava com o pé partido no campo a fazer número.

Alguma vez teve medo no campo?

Se tivesse medo não saía de casa. Temos receio quando vemos um jogador de qualidade, um número dez que vai criar dificuldades. Aí tento saber tudo sobre ele para quando chegar o jogo estar preparado. Tinha problemas com o João [Vieira] Pinto, ele fugia muito do meio e se eu fosse atrás dele abria um buraco no centro. Em jogos europeus, o mais difícil foi contra o Barcelona, em casa, na época do Koeman. Foi um massacre, eles podiam ter marcado seis ou sete golos. Não conseguíamos marcar ninguém, entravam por todo o lado, não consegui tocar na bola.


O BENFICA


Nessa época, 2005/06 fez a melhor campanha europeia do Benfica mas falharam no campeonato.

Tínhamos só doze ou treze jogadores, não havia grande concorrência interna, tanto com o Koeman como depois com o Fernando Santos.

Com Trapattoni se calhar tinham menos e foram campeões.

Tínhamos onze! Não havia banco, só que sete ou oito eram portugueses. Depois começaram a destruir a equipa. Eu nunca consegui ficar com quatro, cinco ou seis dos jogadores mais importantes, mudavam sempre de época para época. Assim é difícil. No ano do título éramos poucos mas alguns de qualidade, como o Miguel, o Luisão, o Fyssas, eu e o Manuel Fernandes, o Simão, o Nuno Gomes e o Geovanni. Depois tínhamos dois salvadores, o Karadas, que entrava para bater neles, no ataque ou na defesa, e o Mantorras, que fez golos importantes.

Quando é que ficou mais frustrado?

A época que me ficou atravessada foi 2006/07, quando tínhamos bons jogadores (Karagounis, Katsouranis, Miccoli…) e Fernando Santos. Fomos longe na Taça UEFA e estivemos na discussão do título até duas jornadas do fim. Foi o mesmo, desfizeram-se de dois ou três da equipa base e mais seis ou sete que lá andavam e não jogavam. Este ano mantiveram jogadores e acrescentaram qualidade, os resultados estão à vista. No meu tempo iam buscar jogadores só para dizer que tinham feito contratações.

Lembra-se como chegou ao Benfica?

Um dia chamaram-me ao gabinete do João Loureiro. Luís Filipe Vieira tinha lá estado nessa noite, tinham chegado a acordo, só faltava falar comigo porque eu ainda não sabia de nada. “Vais para o Benfica”, disse-me. “Está tudo acertado.” Fiquei lá umas horas, faltavam uns papéis, depois segui para Lisboa.

Não teve oportunidade de ir para outra equipa?

Houve a possibilidade do Betis de Sevilha, onde ia ganhar mais do dobro.

Foi enganado para o Benfica?

Fui… não fui enganado, a questão é que o meu empresário na altura era o José Veiga, que tinha boas relações com os presidentes do Benfica e do Boavista… Tive contactos com outras equipas – era um jogador apetecível porque tinha ido ao Mundial-2002, tinha 24 anos e era baratinho –, mas o que surgiu foi sempre por outros empresários e as coisas não se concretizaram. Só passado um ano alguns directores me disseram que o João Loureiro recusava as propostas que iam chegando. Tinha de ser o Benfica.

Mas foi ganhar bem?

Não fui ganhar muito mais do que no Boavista. Tinha acabado de nascer o meu segundo filho, houve a mudança, levei a família, esperava ir ganhar isto e aquilo mas depois não se concretizou. Tinha de pagar casa alugada, foi quase como se fosse ganhar o mesmo. Só aos 30 anos consegui renovar contrato, aos 31 acabei por ir embora.

Magoado?

Apareciam jogadores que ganhavam muito mais do que eu e nunca tinham jogado em lado nenhum. Eu, que era internacional pelo meu país, titular e sub-capitão do Benfica, jogava sempre e não via o meu salário ser aumentado. Fiquei triste, até porque também tinha tido a oportunidade de sair para outros clubes. Surgiu o Colónia e fiz pressing para sair, para salvaguardar a minha vida.

Luís Filipe Vieira chegou a dizer que o Petit acabaria a carreira no Benfica.

Sim, disse. Tenho uma excelente relação com ele. Eu queria acabar no Benfica mas também queria ser reconhecido e retribuído por todos os sacrifícios que fiz ao longo dos anos. Acabei por sair e a verdade é que isto aqui é uma maravilha, apesar do Inverno, apesar de às vezes treinarmos com neve até aos joelhos.


A SELECÇÃO


Portugal lá vai ao Mundial.

O jogo que marcou tudo foi aquela derrota 3-2 em Alvalade [Dinamarca], mesmo a acabar. Depois houve o percalço com a Albânia...

A identificação que os jogadores tinham com Scolari existe hoje com Queiroz?

Nunca trabalhei com Queiroz. Sei é que no meu tempo apanhei sempre grandes grupos, muito unidos. Passámos muito tempo a jogar às cartas.

Também era um rapaz envergonhado quando chegou à selecção?

Claro que sim. Antes só via aquela gente pela televisão! Quando lá cheguei alguns tinham sido eleitos os melhores centrais da Europa (Fernando Couto e Jorge Costa), o Figo lutava para ser o melhor do mundo. Nunca tinha imaginado estar perto, quanto mais jogar ao lado deles! Às vezes dizia alguma coisa e ficava à espera a ver o que respondiam, para ver se continuava a falar.

Tratava os craques por tu ou por você?

Até dá vergonha. Não sabia se devia dizer “Figo”, ou “Luís”. Não me conheciam de lado nenhum, nunca tive percurso de selecções, só tinha ido à selecção B fazer dois jogos. Depois saltei logo para a selecção A e era olhado de lado porque era jogador do Boavista.

Quem o ajudou mais?

O Sérgio Conceição ajudou muito, porque ele também é do Norte, também é um brincalhão e um palhaço. E o Capucho… eu às vezes até tinha medo de entrar na sala dos jogadores, ficava no meu quarto, mas depois aparecia o Sérgio Conceição e convidava-me para ir tomar café com eles. Havia muito respeito e às vezes os mais novos tinham de ouvir uma palavra e fechavam a matraca. Se calhar tratei alguém por senhor algumas vezes. Ia dizer “Luís”? Ou “Figo”? Nos treinos eu nem pedia a bola e quando a roubava entregava-a logo a eles, porque tinha vergonha de dizer “ó Figo”, “ó Rui”, “ó Pauleta!”. Ficava no meu cantinho.

Foi António Oliveira que lhe deu a alcunha de Pitbull?

Foi, na Madeira, quando cheguei ao meu primeiro jogo. O Figo perguntou-lhe como eu era e ele respondeu: “Deixa começar a correr, quando o vires a trabalhar e a correr vais ver que parece um pitbull.” E começaram a tratar-me assim.

Alguma vez pensou que ia falar de igual para igual com essa gente toda?

Não, só pensava um dia chegar ao plantel sénior do Boavista. Depois fui querendo mais. Tive uma família que me apoiou, não foi fácil, tive de ouvir críticas porque a minha imagem sempre foi do caceteiro.

Mas a ideia que dava é que sempre esteve a borrifar-se para a crítica.

Eu pouco leio jornais, não me deixo afectar. Não me matam e não vou deixar de comer ou de beber só porque escrevem bem ou mal. Nem sequer via repetições dos jogos. Se fosse a olhar para a crítica se calhar tinha deixado o futebol.

Acha que vai jogar até quando?

Até conseguir ir treinar.

Mesmo com este frio?

Estou a cinco minutos do campo de treino. As pessoas ajudam, os colegas são miúdos que querem aprender e vou tentando ensinar alguma coisa. Estou bem, não tenho lesões musculares, nada, este ano tudo corre bem, treino todos os dias.

Isso quer dizer que anda a cuidar-se, a comer bem e a dormir bem.

Não é só isso, é também a boca. No último ano no Benfica fui criticado por causa das lesões. Aliás, disseram que não merecia ir ao Europeu. Essas lesões tinham a ver com os meus problemas no maxilar. Aqui conseguiram tratar-me É por isso que ainda vou ser operado em Dezembro, para reconstruir um osso.

Ainda volta ao Boavista?

Por enquanto fico por aqui, mas quando voltar vou para o Boavista ajudar a fazer o que for preciso.

Imagina-se o Jorge Silva, o actual capitão, a jogar quase de borla?

Sou capaz, jogarei por gosto e para ajudar, para acabar onde me formei.


A PESSOA


Uma vez foi envolvido nuns apanhados da TVI, com o Fernando Rocha, e não se irritou muito.

Eu tinha dois carros, um Porsche e um Renault, a minha burrinha. Pensei que ia a um aniversário do Jorge Silva, fomos almoçar, quando saio vejo o reboque. “Estão a rebocar a minha burrinha!” O polícia, o Fernando Rocha, começou a acusar-me de não pagar as letras e a chamar-me caniche. Liguei à minha mulher para confirmar e nem me lembrava que já tinha pago aquele carro. O que não estava pago era o Porsche. Bloqueei. Mas não gosto de confusões, só lhe pedi mais respeito.

Explique lá como se envolveu nas eleições do Benfica, como mandatário do candidato Bruno Carvalho.

(desmancha-se a rir) Quer que lhe diga? Estava num restaurante e ligou-me um primo que trabalha no Porto Canal. “Olha, o Bruno, o meu patrão, pergunta se queres ser mandatário da campanha dele.” Eu só tenho o primeiro ano, não sabia o que queria dizer ser mandatário e disse-lhe: “Mete lá aí o meu nome.”

Teve um impacto importante.

Pois teve e eu é que fiquei mal, porque me dou bem com o presidente [Luís Filipe Vieira]. Mandatário! Depois percebi que fiz asneira. Nunca mais falei com Luís Filipe Vieira e ele deve ter ficado zangado. Pensava que era uma coisa qualquer de marketing. Que asneira, as pessoas a ligarem, o meu empresário a perguntar porque me meti naquilo… mas é com estes erros que vamos aprendendo. Vou morrer e ainda vou estar a errar. E a aprender.

Esteve envolvido em muitos episódios destes ao longo da vida?

Quando fui campeão, no Boavista, lembro-me de em Vila do Conde ter dito que os jogadores do Rio Ave receberam dinheiro para nos ganhar. Depois é que vi que tinha feito asneira. No dia seguinte apanhei um avião para Lisboa e fiz um comunicado a pedir desculpa. Se tivesse ido longe na escola se calhar as palavras tinham saído de outra forma, mas com os nervos diz-se tudo.

A sua escola foi outra?

Foi, foi a vida, foi fazer-me à vida.

Fonte: I

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Futebol de Gabinete

O rei vai mesmo nu!

Hoje, e por último, iremos abordar a situação financeira do Sport Lisboa e Benfica S.A.D. relativamente ao que resta analisar do relatório & contas do clube, aprovado em assembleia geral no passado mês de Outubro.

Em termos gerais, o clube viu o activo líquido (bens e direitos da empresa) aumentar 18 milhões de euros, o passivo (dívidas pendentes) agravar-se em 53 milhões de euros e, em função desta desproporção e do péssimo desempenho financeiro do grupo no ano (como vimos a semana passada), os capitais próprios (títulos e capital dos accionistas) caíram de 23 milhões de euros para 11 milhões de euros negativos. A este fenómeno chamamos, em linguagem contabilística, situação de falência técnica e em que basicamente os detentores do capital investido no clube, em linguagem popular, ficaram sem o valor investido, à semelhança do que acontece com o Sporting como também vimos há umas semanas. Esta é uma situação de grande risco já que o clube pode perder o acesso ao crédito se não oferecer garantias válidas como hipotecas ou avales que cubram o montante do capital a financiar. Em causa de necessidade de crédito para cumprir com salários, pagamentos, etc e não lhe for atribuído, o clube pode entrar em incumprimento e os credores declararem contencioso ao clube (o que também parece um pouco irreal já que, provavelmente e em último caso, o Estado daria o aval ou um investidor qualquer entraria na gestão como contrapartida).

Relativamente à análise financeira do clube, verificamos no activo permanente (bens de longo prazo), um aumento de 8 milhões de euros em função do único saldo que registou uma evolução positiva: o valor do plantel. No activo de curto prazo, verificou-se apenas o aumento da dívida a receber de clientes e que, apesar de ser um factor de valorização do clube, não é propriamente uma boa coisa já que “esmaga” a tesouraria do clube. As dívidas são relativas à Benfica Estádio S.A. pelo “naming” das bancadas do estádio que passaram para a Benfica S.A.D.

No passivo, a questão sempre mais preocupante quando se fala nas contas dos clubes, verificamos um desagravamento enorme nas dívidas a pagar a longo prazo (-17 milhões) mas, ao invés, um agravamento exponencial nas dívidas a menos de 1 ano (71 milhões de euros!) o que provocou sérias dificuldades nas disponibilidades e depósitos em bancos e agravou, ainda mais, as necessidades de recorrer ao crédito por compensação da ausência de “dinheiro”. O aumento da dívida circulante é sempre um factor de preocupação para qualquer clube já que implica pagamentos a menos de 1 ano e “esvazia”, deste modo, os cofres do clube caso este não receba atempadamente, provocando uma crescente necessidade de recorrer ao crédito fácil (já não tão fácil). Por seu lado, faz aumentar o custo da dívida (juro) e cria um círculo vicioso de encargos financeiros que poderão por em causa, ano a ano, os desempenhos financeiros do clube no futuro. Basicamente, quanto maior a dívida de curto prazo, mais hipotecado estará o futuro do devedor já que o crédito é absolutamente necessário.

Na origem da alteração da estrutura da dívida (em anexo), está o vencimento de dívidas à banca e que, no caso de não ter sido prolongada a dívida junto do banco (o menos provável), o clube viu-se obrigado a liquidar, no imediato e pelo menos, 78 milhões de euros! Ainda mais, num ano em que registou prejuízos. Obviamente e o mais provável terá sido o prolongamento da dívida com óbvios reflexos no aumento da taxa de juro.

Em conclusão e perante tal descalabro e afastando-me de comentar eventuais receitas que serão recebidas no futuro e mais não sei o quê que se fala muito por aí mas sem grandes certezas de ninguém, o que importa aqui é o hoje e este hoje, sem resultados desportivos e então financeiros, não terá futuro possível.

Jorge Manuel Honório


Ps: é uma análise parecida àquela que é feita às contas do nosso país, embora estas não tenham maneira de gerar riqueza sem ser pelos impostos, já que não há criação de actividade significativa há mais de 10 anos. O que acontecerá daqui a 5 ou 6 anos quando nos endividarmos a 150% e ninguém nos financiar por isso?...

Eis os escolhidos para o derby


Lista de convocados do Sporting:

Guarda-redes: Rui Patrício e Tiago.

Defesas: Carriço, Polga, Pedro Silva, Caneira, Grimi e Abel.

Médios: Adrien, Vukcevic, Matias Fernández, Angulo, Miguel Veloso, Pereirinha e João Moutinho.

Avançados: Liedson, Hélder Postiga, Caicedo e Saleiro.



Lista de convocados do Benfica:

Guarda-redes: Quim e Júlio César;

Defesas: Maxi Pereira, Sidnei, David Luiz, Miguel Vítor e César Peixoto;

Médios: Javi Garcia, Ramires, Ruben Amorim, Pablo Aimar, Fábio Coentrão, Di María e Felipe Menezes;

Avançados: Saviola, Cardozo, Nuno Gomes, Weldon e Keirrison.

Trinco Esquerdo



André Amante

Blogobola




Façam as vossas apostas e provem que têm palpites certeiros!

Saviola entra na lista



Tudo para contar com o avançado argentino em Alvalade. Reavaliação clínica confirmou contusão na coxa direita.

O nome de Javier Saviola deverá ser confirmado, hoje, entre os eleitos de Jorge Jesus para o derby de Alvalade. Uma convocatória que, por prevenção, será, tudo o indica, alargada a mais de 18 futebolistas (o que não constituirá novidade), num quadro em que subsistem ainda dúvidas sobre a condição física de alguns atletas, questão que a sessão de treino desta manhã, a última antes do jogo com o Sporting, pode ajudar a clarificar.

O internacional argentino, de acordo com o boletim de treino divulgado pelo Benfica, encontra-se a contas com uma contusão na coxa direita, contraída na sessão de treino da última quarta-feira, e limitou-se, ontem, a trabalho individual no relvado (a sessão decorreu, como tem sido hábito, à porta fechada).

Fonte: a Bola

Palestra

Nervoso Miudinho

Inevitável, o tema de hoje será obrigatoriamente o dérbi. Que resultado? Quem marcará primeiro? O que irá acontecer a um Sporting moralizado psicologicamente e a um Benfica na tremedeira da eliminação precoce da Taça?

Pois bem, se até ao passado fim-de-semana o Benfica era considerado o grande favorito a vencer o dérbi, as coisas mudaram um pouco quando este mesmo Benfica foi travado categoricamente por um Vitória que já na última jornada da liga bateu o pé ao Sporting de Braga. Quer se queira quer não, os primeiros minutos serão de uma importância crucial para o Benfica, mais para o Benfica do que para o Sporting. A pressão psicológica está nos encarnados, são considerados favoritos e a derrota com os vimaranenses não veio em nada ajudar à festa. O Benfica terá que mostrar quem tem nervo de campeão logo desde inicio. O jogo irá decidir-se num momento: os primeiros vinte minutos. Se o Benfica entrar bem no jogo será bastante difícil para a equipa de Carvalhal dar a volta por cima, até porque qualquer alteração táctica que o novo treinador leonino tentar colocar em campo terá muito poucas hipóteses de vingar. Como disse Mourinho: «Carvalhal não pode fazer milagres». Por isto é que insisto, este dérbi irá decidir-se no psicológico, talvez por isso Carvalhal tenha feito uma palestra mais vincada no treino de hoje [Quinta-Feira, 26].

Em termos tácticos, e completando o que tenho vindo a dizer, o Benfica com Cardozo poderá voltar a «engatar», quanto ao Sporting, não poderá fazer muito senão utilizar a garra e esforço colectivo para fazer frente a este Benfica. Se por outro lado, o Benfica entrar mal na partida, o Sporting irá automaticamente ganhar confiança que poderá catapultar os verde e brancos para uma «surpreendente» vitória. No entanto continuo a achar que o Benfica é o candidato, a pressão é da equipa de Jesus e aposto claramente na vitória encarnada, 2-0.

Futebol Clube do Porto e Sporting de Braga irão passar um pouco ao lado desta jornada, no entanto podem ser os maiores beneficiados se o Benfica perder. Jogam ambos em casa, mas ambos têm histórias de vida diferentes, o Porto não vence em casa ultimamente, já contando com o jogo contra o Chelsea, o Braga por seu lado não pode ter tido melhor desempenho em casa, somando tantas vitórias, como jogos na pedreira, a contar para a Liga. No fim de contas, FC Porto – Rio Ave, 1-1 (João Tomas, muita atenção a este ponta-de-lança), Sp. Braga – Leiria 3-1.

Um bom dérbi para todos os amantes do futebol! Até para a semana!

Simão Santana

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Debate Aberto

Em vésperas de Derby, queremos saber que onzes entrariam em campo na vossa perspesctiva?

Podem colocar só do vosso clube, ou se forem adeptos de futebol, colocar das duas equipas...





Para a moderação do blog:

Sporting: Rui Patrício; Abel, Polga e D. Carriço, M. Veloso; Adrien, Moutinho; Vukcevic, M. Fernandez, Angulo; Liedson.

Benfica: Quim; Maxi Pereira, David Luiz e Sidnei, F. Coentrão; J. Garcia, Ramires, Di Maria, Aimar; Cardozo e Saviola (*Nuno Gomes).


No Benfica nada muda, continua Coentrão a defesa esquerdo e * caso Saviola não recupere, entraria Nuno Gomes para o seu lugar, devido à sua experiência.

No Sporting, segundo o 4-2-3-1, optaríamos por Veloso à esquerda, visto ser o flanco menos explorado pelo Benfica (direita), de modo a Adrien ser o marcador de Aimar no centro, visto marcar melhor que o próprio Veloso. À direita, visto existir apenas as soluções Pereirinha e Angulo, optaríamos pelo Espanhol, apenas por ser mais experiente para este tipo de jogos, podendo servir até o derby, como a sua prova de fogo, o derradeiro teste.

Aimar divide favoritismo no Derby



Pablo Aimar considera que Sporting e Benfica «têm as mesmas possibilidades» de vencer o ‘derby’ de sábado, em Alvalade. No entanto, o jogador argentino diz que os encarnados se vão apresentar no terreno do velho rival decididos a «somar os três pontos».

«Não há favoritos, as duas equipas têm as mesmas probabilidades de ganhar. Esperemos que durante o jogo sejam maiores para o Benfica», desejou Aimar, em declarações à Benfica TV, notando que «nestes ‘derbies’ o momento das equipas não conta, decide-se tudo no campo».

O número 10 do Benfica diz que o jogo de sábado «não é decisivo» nas contas da Liga - «falta muito para o final do campeonato», sustenta –, mas reconhece que «os três pontos em disputa são muito importantes».

Aimar perspectiva um jogo «nada fácil» para Benfica e Sporting e faz votos para que o efeito da ‘chicotada psicológica’ no rival não se faça sentir no ‘derby’.

«O Sporting é uma grande equipa, cresceu muito ultimamente. A entrada do novo treinador pode devolver alguma da motivação que perderam, é uma lufada de ar fresco. Mas espero que essa motivação não apareça no sábado e não estejam bem», desejou.

Quanto ao facto de o ‘derby’ poder representar um acréscimo de motivação para os jogadores, Pablo Aimar começou por lembrar que «quem representa um clube tão grande como o Benfica tem de estar sempre motivado». No entanto... «Chegar ao Estádio do Sporting, cheio, é um extra para a motivação que já temos».

Cardozo e Saviola, mais-valias no ataque

Óscar Cardozo vai regressar ao ‘onze’ em Alvalade, depois de ter falhado os últimos dois jogos, por castigo. Ao contrário do paraguaio, Javier Saviola está lesionado e em dúvida para defrontar o Sporting.

«Qualquer equipa que tenha o Saviola tem um jogador de grande qualidade nas suas fileiras, uma referência no ataque. Perdê-lo seria uma grande baixa. Oxalá possamos tê-lo em Alvalade», diz Aimar, que, sobre Cardozo, não podia ser mais claro: «Tem 11 golos. Claro que é muito importante a sua presença em campo».

Adeus à Taça foi «golpe duro»

Pablo Aimar reconhece que a eliminação da Taça de Portugal foi «um golpe duro» para a equipa, mas acredita que o desaire com o V. Guimarães não vai prejudicar a prestação do Benfica em Alvalade.

«Espero e desejo que não. Foi um golpe duro, pois era uma competição que queríamos ganhar. Houve coisas que não saíram bem e por isso perdemos», constatou, pedindo aos adeptos para que «continuem a apoiar a equipa como têm feito, apesar desta derrota».

Fonte: a Bola

Pontapé de Baliza

Parte 1

Parte 2

Pedro Proença no «derby» de Alvalade



Pedro Proença, da AF Lisboa, foi o árbitro nomeado pela Comissão de Arbitragem da Liga para dirigir o «derby» entre Sporting e Benfica da 11.ª jornada da Liga, que se realiza no próximo sábado, em Alvalade.

Fonte: a Bola

Galeria D´arte

Esta semana deixamo-vos com os melhores golos da Liga Sagres do ano passado...

«Ganhar em Alvalade será grande passo para o título» - Cardozo



A noite de sábado marca o regresso de Cardozo aos relvados, e logo num palco de eleição: o Estádio José Alvalade, onde se jogará o Sporting-Benfica. Com 16 golos em 14 jogos, esta época, o agente encarnado do golo já recuperou a licença para ‘matar’, apreendida por 180 minutos após a expulsão em Braga, e está determinado em usá-la no ‘derby’.

«Sofri muito por fora, é duro não poder ajudar», confessa na entrevista ao nosso jornal, ao mesmo tempo que manifesta «saudades de marcar» e recusa duelos pessoais com Liedson. «Até pode marcar o guarda-redes, quero é que o Benfica ganhe», vinca, afirmando tratar-se de um «jogo de vida ou morte» que pode embalar o Benfica para o título.

O ponta-de-lança paraguaio sabe o que é marcar em Alvalade, fê-lo nas duas ocasiões em que ali se deslocou, para a Liga, mas também é um facto que nunca venceu no reduto do leão. Do outro lado da barricada estará Carlos Carvalhal, cujas equipas já sofreram três golos do Tacuara (um contra o V. Setúbal, em 2007/08, dois contra o Marítimo, em 2008/09). Mas atenção que há uma espinha encravada na garganta do camisola 7 da Luz: o penalty falhado na ronda inaugural da Liga 2009/10, que acabaria por terminar num empate (1-1) e com Cardozo a seco.

Fonte: a Bola

Expert da Bola

Esta semana temos o prazer de apresentar um artigo de Tiago Santo. Um jovem oriundo da zona de Aveiro que ganhou o desafio difícil da semana transacta.


Meu querido Brasil


Não nasci, nem nunca fui ao Brasil. Mas sou apaixonado pelo Futebol Brasileiro. E este ano mais uma vez acompanhei todas as competições daquele país da América do Sul. De Janeiro a Abril jogam-se os campeonatos Estaduais, esta época não houve surpresas! Em Goiânia venceu o Goiás( com Filipe Menezes [Benfica] muitas vezes em campo), no Rio Grande do Sul o Internacional foi o conquistador do troféu, em Bahia o Vitória e no Ceará o Fortaleza foram outros dos clubes vencedores. Nos estaduais mais importantes, o Carioca, competição do Rio de Janeiro, teve como vencedor o Flamengo que foi comandado em campo por Ibson (ex - FC Porto) tendo ganho a final ao Botafogo. Já no campeonato Paulista, competição de São Paulo, foi o Corinthians o grande vencedor. Com Ronaldo Fenómeno, Dentinho, Paulo Henrique, Douglas e Filipe como principais figuras o Timão (cognome do Corinthians) que ficou a frente do Santos de Neymar, do São Paulo de Rogério Ceni e do Palmeiras de Keirrison (Benfica).

Outras das Competições realizada na primeira parte do ano, é a Copa do Brasil! Ganha pela 4ª vez pelo Corinthians, que conquistou assim o seu segundo troféu da época e garantiu um lugar na Copa Libertadores 2010! Numa final disputada frente ao Internacional, o Corinthians na 1ª mão venceu por 2-0, golos de Jorge Henrique e Ronaldo, e na 2ª mão empatou 2-2, com golos de Jorge Henrique e André Santos para o clube paulista; e Alecsandro (ex - Sporting) marcando os outros para o Internacional.

No inicio de Maio, começo a ser realizada o Brasileirão 20009, a competição principal do Brasil. Muitas histórias já ocorreram e muitos foram os golos marcados. De destaque nesta edição que termina dentro de 15 dias, a luta final pelo campeonato. São Paulo, treinado por Ricardo Gomes (ex - Benfica), está a frente e só depende de si mas logo atrás tem o surpreendente Flamengo, com um ataque demolidor composto por Adriano e Petkovic. Em 3º e ainda com hipóteses estão o Internacional de D’Alessandro e em 4º, com poucas hipóteses, está o Palmeiras, de Vágner Love e Diego Souza (ex-Benfica). A recta final promete ser escaldante e no final reveladora do grande vencedor da competição!

Por isso sugeri-vos que tal como eu acompanhem este emocionante campeonato!


Tiago_ Santa Joana

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Golo de Anelka lança dragão aos tubarões

Chlesea vence por uma bola a zero o Porto



Já com o apuramento para os oitavos-de-final da Liga dos Campeões garantido, FC Porto e Chelsea encontraram-se esta quarta-feira no Estádio do Dragão, pela disputa do primeiro posto do grupo D da competição. Um golo de Anelka, aos 69 minutos, decidiu a favor da equipa inglesa.

Os blues, com os internacionais portugueses Deco e Ricardo Carvalho a titulares, repetiram a dose do primeiro encontro, em Stamford Bridge, representando então os únicos desaires do FC Porto neste agrupamento. Com isso, o Chelsea fica com o primeiro posto, enquanto o FC Porto, no segundo, tem garantido que vai encontrar nos oitavos-de-final um dos primeiros classificados dos restantes agrupamentos.

Quanto ao jogo, decidido pelo cabeceamento de Anelka, aos 69 minutos, após cruzamento do lado esquerdo por Malouda, o FC Porto, há quase três semanas sem competição, apresentou-se com três novidades no «onze»: Beto, Belluschi e Varela. E dos pés do argentino saíram os melhores lances protagonizados pelos azuis-e-brancos, nomeadamente com remates aos 20 e 29 minutos, nesta última oportunidade só parada pela trave da baliza do Chelsea. Antes, porém, já a formação inglesa, líder do campeonato interno, tinha criado boas oportunidades, sempre com Anelka em grande protagonismo. Mas se o Chelsea entrou a mandar, o FC Porto mostrou-se a partir da vintena de minutos e assumiu as despesas da partida até ao intervalo.

Na segunda parte houve mais cautelas das duas partes. Pelo menos até ao já referido golo. O FC Porto ainda reagiu, Jesualdo Ferreira lançou até Farías por Sapunaru, depois de ter trocado Hulk por Varela e Belluschi (caiu a pique nos segundos 45 minutos) por Guarín. No entanto, a baliza à guarda de Cech ficou imaculada.

Recorde aqui as incidências da partida

Fonte: a Bola

Afinal o mais fraco não ganha sempre

ESTATÍSTICA DESFAZ UM MITO COM LONGOS ANOS

Há muito que se instalou no futebol português a teoria de que, no clássico dos clássicos, ganha aquele que estiver pior classificado. No entanto, depois de uma análise aprofundada conclui-se que, afinal, a teoria não passa de um mito, sendo que apenas em 57 dos 183 dérbis disputados, no campeonato e na taça, entre Sporting e Benfica, se verificou a vitória da equipa que estava pior.

Tal como D. Sebastião, este "mito" também surgiu, pelo menos uma vez, do nevoeiro, quando o búlgaro Krasimir Balakov abriu caminho à vitória, confirmada por Iordanov, do Sporting sobre o Benfica, por 2-0, no Estádio José de Alvalade, à oitava jornada do campeonato de 1992/93, num jogo em que o búlgaro marcou na primira jogada da partida.

Antes do jogo, o Benfica, comandado pelo croata Tomislav Ivic, somava nove pontos, mais dois que os "eternos rivais". Uma diferença desfeita numa noite lisboeta, colorida de vermelho, devido às expulsões dos leões Filipe e Iordanov e da águia Vítor Paneira.

Este "mito" foi, em grande parte, alimentado pela goleada infligida pelo Sporting ao Benfica, em 1986/87, por 7-1, quando os leões bateram pela primeira e única vez no campeonato o campeão que, na segunda volta, no Estádio da Luz, desmistificou o dérbi e venceu por 2-1.

Na época de 1967/68, o "mito" foi favorável aos "encarnados", que partiram para o clássico com um ponto de atraso para o Sporting, mas um golo de Eusébio relegou o Sporting para a segunda posição, definitivamente, e abriu caminho para o título.

Desde 1934/35, o terreno dos "leões" foi palco de 29 "surpresas", 18 vezes obtidas pelos donos da casa, enquanto em solo dos vizinhos o "mito" concretizou-se 24 vezes, por 13 ocasiões protagonizado pelo Benfica. Uma "graça" repetida pelos dois grandes duas vezes cada, em campo neutro.

Só em 27,3 por cento dos dérbis disputados para o campeonato saiu vencedor quem estava "na mó de baixo", uma percentagem que aumenta nos confrontos entre os "rivais" lisboetas para a Taça de Portugal (48,5 por cento).

Na última década, em 25 jogos, apenas em oito ocasiões o pior classificado superou quem estava melhor. Entre os protagonistas destas "surpresas" constam os nomes dos leões Liedson e Derlei (2008/09), Sá Pinto e novamente o "levezinho" (2005/06), e das "águias" Reyes e Sidnei (2008/09), Ricardo Rocha e Simão (2006/07), Zahovic e Tiago (2002/03) Van Hooijdonk e João Tomás (2000/01) e Sabry (1999/00).

Sporting, oitavo classificado com 14 pontos, e Benfica, que soma e segue no segundo posto embora conte os mesmos pontos que o líder Sporting de Braga, disputam o 151.º dérbi para o campeonato português, no Estádio José de Alvalade, em Lisboa, num encontro marcado para as 21:15 do próximo sábado.

Fonte: Record

Treinador de Bancada

Desafio Difícil

Esta semana vai ter que nos dizer, qual o jogador que em início de carreira era aconselhado pelos médicos a apenas jogar 45 minutos em cada partida, por causa de ter asma?



Acerte na resposta certa e habilite-se a escrver na rúbrica "Expert da Bola"

Jesus garantiu a Pinto da Costa que ia ser campeão



A BOLA desvenda teor da conversa entre treinador do Benfica e presidente portista Encontro breve de apenas 30 segundos.

Um encontro imediato que deixou o País surpreendido pelo seu carácter inédito. Jorge Jesus, treinador do Benfica, e Jorge Nuno Pinto da Costa, presidente do FC Porto, encontraram-se, anteontem, ao princípio da noite, no Auditório do Centro de Medicina Desportiva de Lisboa, onde o professor Manuel Sérgio lançou «Filosofia no futebol», obra que junta a vasta e prestigiada colecção, que o torna referência do desporto português, e no final Jorge Jesus e Pinto da Costa trocaram abraços e sorrisos.

Ao evento acorreram personalidades de várias áreas - entre as quais o secretário de estado para a área do desporto, Laurentino Dias, Vicente Moura, presidente do COP, Joaquim Evangelista, presidente do Sindicato de Jogadores, além, naturalmente, de Pinto da Costa e Jorge Jesus - que quiseram dar um abraço a Manuel Sérgio.

Durante os breves instantes de conversa com Pinto da Costa, Jorge Jesus disse, apurou A BOLA, em tom amigável, ao líder do FC Porto que era escusado tentar pois «esta época o campeão vai ser o Benfica». Pinto da Costa respondeu-lhe com um sorriso...

Fica assim desvendado o teor do encontro breve - não terá durado mais de 30 segundos - entre o presidente do FC Porto e o treinador do Benfica.


Fonte: a Bola

Fellipe Bastos volta ao Benfica



O médio brasileiro Fellipe Bastos vai voltar a treinar-se com o plantel do Benfica, depois de ter passado por um período de empréstimo no Belenenses que não foi bem sucedido, de acordo com o comunicado oficial dos «encarnados».

«Em função da não adaptação do atleta à realidade vivida no Belenenses, foi entendido pelos responsáveis do Benfica – em concordância com o jogador - integrar um plano específico de trabalho que o habilite a um ritmo competitivo que lhe permita estar na sua melhor forma durante o próximo mês de Janeiro», pode ler-se no comunicado da formação da Luz.

O Benfica dá ainda conta que Fellipe Bastos irá marcar presença na sessão de trabalho da próxima quarta-feira, no Seixal.

Fonte: a Bola

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Argel: "Não faz piadinha com português que eu meto logo à porrada!" - vídeo

O brasileiro diz-se benfiquista e recorda Alvalade, "onde é mais fácil ganhar"



Argel fala pelos cotovelos e repete as palavras "respeito" e "fantástico" a cada resposta sobre Portugal e o Benfica. Diz já não saber se é português ou brasileiro mas assume-se benfiquista a 100 por cento. Confessa que o melhor treinador é Camacho e o melhor futebolista com quem jogou Zahovic. O esloveno, tal como ele, "era um durão". E Argel faz gala da fama que tem e sente-se orgulhoso por ter peitado Jesualdo Ferreira ou mesmo alguns companheiros de equipa. Em semana de dérbi em Alvalade, o antigo central das Antas e da Luz não quer avançar resultados mas lá vai alimentando a esperança dos encarnados: "É mais fácil ganhar lá do que em casa." E é assim, com uma vitória fora, que arranca a conversa.

Qual o dérbi em Alvalade que melhor recordação lhe traz?

Aquele do dia em que o Camacho chegou à Luz pela primeira vez. O Chalana era treinador [interino] e era um Benfica-Sporting de Braga. E depois, na semana seguinte, foi Sporting-Benfica [7 de Dezembro de 2002, Argel jogou 90 minutos] e nós ganhámos por 2-0, um golo do Zahovic e outro do Tiago já com o Camacho no banco. E nessa altura o Sporting tinha um grande time: João Pinto, Paulo Bento, Rui Bento, Jardel, Quaresma, enfim... E nós ganhámos por 2-0! Lembro-me que o príncipe das Astúrias, o Filipe, ligou ao Camacho para lhe dar os parabéns. E depois foi o próprio rei de Espanha, o Juan Carlos, a ligar ao Camacho porque tinha visto o jogo lá. Tenho grandes recordações dos jogos com o Sporting [risos]. Os meus melhores jogos com a camisola do Benfica foram contra o Sporting. Aliás, nessa vitória, fui eleito o melhor em campo!

E como era marcar o Jardel?

Ah! O Jardel era fera mas só fez um golo comigo em campo. Foi lá no Benfica-Sporting, no velhinho Estádio da Luz [15 de Dezembro de 2001, Argel jogou 90 minutos]. Estávamos a ganhar por 2-0 e o jogo acabou empatado. O Jardel atirou-se para o chão aos pés do Caneira. E o árbitro assinalou penálti vergonhosamente e ele lá bateu a falta e marcou. Ainda brinquei com ele: "Quando jogares contra mim, só marcas assim, de penálti!" Sempre foi um duelo muito legal e honesto porque o Jardel era fora de série. Conhecia-o bem, desde o tempo em que fomos campeões do mundo de juniores, à passagem pelo FC Porto, e isso facilitava o meu trabalho.

Isabel Trigo Mira, então vice-presidente do Sporting, disse que Argel insultou a Juve Leo naquele Sporting-Benfica (0-1) em 2004. É verdade?

Isso aí é conversa fiada de Isabel Trigo Mira. Disseram que tinha sido eu e Zahovic a xingar a claque do Sporting e tal, quando estávamos a aquecer [Argel entrou ao minuto 90 e ainda viu um amarelo]. Mas não se passou nada, não houve nada! É completamente falso! Compreendo que eles estavam chateados porque nós estávamos a ganhar o jogo. Aconteceu, pronto. Até me lembro de ir à TV desmentir isso tudo! O Sporting estava a perder e a claque protestou, armou confusão e invadiu o campo. Até respeito o Sporting, porque sempre tive lá amigos, como o Polga, o Rochemback e o Liedson, que tem um corpinho de alfinete mas é fera! Naturalizou-se e ainda bem para Portugal. É como diz o Mourinho: "Quando se vai ao Brasil e se dá um pontapé numa pedra, saem logo 200 jogadores de futebol debaixo dela."

Mas admite que deixou uma imagem de durão?

É, sempre fui assim. Um guerreiro, duro, forte, com uma personalidade também muito forte. Mas tenho orgulho na minha carreira. Joguei ao mais alto nível e o futebol deu-me tudo, fama, dinheiro. Tenho o meu pezinho-de-meia feito e a vida orientada. Foi um período maravilhoso. Agora quero ser treinador. Penso um dia voltar a Portugal, mas já como treinador.

Então e como foi aquela discussão com Jesualdo Ferreira?

É verdade, é verdade. Foi num jogo em que me tirou da equipa e eu lhe disse umas coisas que não devia. Mas no calor do jogo... Fui afastado do Benfica durante dez dias e o Jesualdo acabou por ser afastado da Luz após a derrota com o Gondomar para a Taça de Portugal. Veio o Chalana, que me botou a jogar contra o Sporting de Braga, e o Camacho, que me colocou contra o Sporting na mesma semana. Toda a gente dizia que a equipa do Benfica era fraca, ruim, e nós provámos que éramos bons! Tínhamos um bom cavalo, sim, o que faltava era um jockey! Um bom treinador, está entendendo? Mas depois falei com o Jesualdo e serenámos as coisas até porque a Zulmira [mulher de Jesualdo] é muito amiga da minha esposa. E sabe o que ele veio dizer sobre mim? Que eu e o Zahovic tínhamos sido os únicos jogadores que o tinham peitado! Fiquei orgulhoso por isso!

E o Argel também peitou alguns jogadores, até nos treinos, como Armando Sá, Ricardo Rocha.

Com o Rocha não tive nada não. Mas tive um forte chega para lá com o Everton. Ou será Emerson ou Emerton...

Everson, o tal que veio da Suíça.

Isso! Num treino eu dei uma chegada mais forte, ele deu outra chegada mais forte. Trocámos uns palavrões para a frente e para trás. Mas depois disso, tranquilo. É normal no futebol: quando a bola rola, não se conhece irmão.

E chegou a partir computadores na sede das Antas ou não?

Isso é muito folclore, muito folclore.

Mas não pressionou Pinto da Costa para sair do FC Porto?

Pressionei, pois. Houve de facto uma discussão feia com o Pinto da Costa. O Palmeiras queria comprar-me ao FC Porto, a pedido do Scolari que me tinha telefonado. E a Parmalat [patrocinador do Palmeiras] até queria comprar-me por valores superiores ao que eu tinha custado ao FC Porto. Só que, mesmo assim, o Pinto da Costa não queria deixar-me sair. Não aconteceu bem como contam, isso dos computadores. Exaltei-me e tal, abanei um pouco a sala, é verdade. E, no final de contas, acabou por prevalecer o que eu queria: que era sair.

Ganhou o duelo.

Claro que sim! Saí! Quando quero uma coisa não há hipótese! Vou embora e acabou! E assim foi.

E continua a ter aquele dragão tatuado nas costas?

Continuo, pois. Mas já o tinha antes de ir para o FC Porto. Eu sei que as pessoas diziam que tinha tatuado um dragão só porque tinha ido para lá, mas não! Dragão era a minha alcunha no Santos, por ser um cara duro.

Passou cá muitos anos. É mais português que brasileiro?

Olha, às vezes chego a torcer mais por Portugal do que pelo Brasil. Amo o vosso país. Espero um dia treinar a selecção portuguesa. Tenho passaporte português. Vou sempre aí, pelo menos uma vez por ano. Conversei com a malta, o Nuno [Gomes], o Moreira, o Quim, o Luisão, esses dinossauros que conquistaram o título comigo. E não deixo que falem mal de Portugal! Se vêm para cima de mim com piadas sobre portugueses eu meto à porrada, pô! [gargalhada].

E é mais benfiquista que portista?

Ué, claro que sou mais benfiquista que portista. Passei por muitos clubes mas foi no Benfica onde estive mais tempo. Não sou benfiquista desde pequenino, como se diz aí, mas é como se fosse!

E a partida que pregou ao Mantorras?

Ah!!! Foi uma bela pegadinha! Até agora, quando vou a Angola ou encontro algum angolano, toda a gente me reconhece! O Nuno [Graciano, então na TVI] telefonou-me e nós combinámos a coisa com o aval do presidente Luís Filipe Vieira. Foi o melhor apanhado, passa muito no YouTube. O Mantorras não percebeu mesmo o que se passava, estava completamente perdido com a cena dos gangsters e dos ladrões e dos tiros. Ele chegou a chorar e ficou mal, sem conseguir dormir durante dois ou três dias. O que eu gosto do Mantorras! Lembro-me dele quando chegou do Alverca. Era um monstro de talento, fortíssimo. Tinha tudo para ser dos melhores do mundo mas a lesão no joelho tramou-o.

A história da lesão de Mantorras ficou bem contada?

Não sou médico. Tenho uma grande admiração pelo dr. Bernardo Vasconcelos e pelo departamento médico do Benfica de então. Falou-se muita coisa... O Mantorras lesionou-se e pronto. Todos tentaram ajudá-lo o melhor que puderam mas há lesões no joelho que nem um milagre consegue curar. Mas o Mantorras é um menino de ouro, muito humilde e continua a ser um jogador importante. Ainda me lembro do jogo com o Boavista em que ganhámos por 4-0 e ele marcou dois! E o Benfica sempre se portou muito bem com ele: não o deixou cair, não o deixou desamparado e foi renovando-lhe o contrato. O Mantorras é filho do presidente Vieira [risos]. O Luís Filipe gosta tanto dele como de um filho.

Como reagiu à morte de Enke?

Tenho um poster dele e do Fehér no meu quarto... Foi uma coisa muito triste, cara. Não dá para entender, cara. Como é que um jogador da qualidade dele, um consagrado que jogou no Benfica, no Barcelona, que é titular da selecção alemã, consegue tomar uma atitude destas, de cometer um suicídio. Perdi dois companheiros de profissão e eu, que jogava à frente do Enke, ouvia-o a gritar connosco [silêncio]. Tinha uma grande admiração por ele, pela pessoa boa que era. Lembro-me que tinha dez cães em casa. É só para todos perceberem a pressão enorme que o futebol exerce sobre os jogadores. Alguns acabam por cometer loucuras. Só de falar no Enke começo a sentir saudades dos jogadores daí, como o Hélder, o Simão, o Zahovic, sei lá, tantos. Sou muito amigo deles.

O Hélder e o Simão que se zangaram na história da braçadeira de capitão.

É verdade! [risos] Foi em Espanha, naquele estágio. Até cheguei junto do Hélder e disse-lhe: "Pô, deixa lá o Simão ser capitão! Ele custou 15 milhões de euros ao Benfica! E você custou o quê? 200 mil?" Brincava com o Hélder com isso. Gostava de ambos. Eu, Hélder, Luisão e Ricardo Rocha éramos os quatro brothers. Torcíamos uns pelos outros. E continuo a achar que o Ricardo Rocha é um dos grandes centrais portugueses.

E José Veiga?

O José Veiga foi e continuará a ser o meu pai português. Ele tinha sido um dos maiores empresários de futebol da Europa e deixou tudo para ser director do Benfica. E o que aconteceu? O Benfica foi campeão com o Trapattoni. As pessoas vão falar deles durante muitos anos. E acredito que o Veiga vai ser presidente do Benfica. Sei que o Vieira e o Veiga não se dão bem, mas isso são outras coisas... Bom, só sei que o Veiga vai ser presidente na Luz!

Como foi jogar no Japão [Tóquio Verdy] e na China [Zhejiang Lucheng]?

Ah fantástico! Gosto especialmente do povo chinês, que está sempre em festa. É que nem o povo brasileiro: alegria, felicidade! Até gostam de caipirinha e cerveja! Como é que eu os entendia? Com um intérprete, pô!

Agora, uma pequena provocação. O seu nome, Argélico Fucks, é no mínimo invulgar e dá para fazer várias interpretações.

O quê? [silêncio seguido de gargalhada sonora] Isso tem a ver com a forma como pronunciam o meu nome. Se disser à inglesa, aí "fucks" é "foda-se"! Mas eu tenho ascendência austríaca e então o meu nome lê-se de forma diferente, com o "u" à portuguesa. Vem do alemão "fuchs" que quer dizer raposa! Entendeu? [risos] Senão é palavrão! Mas, olha, é uma coisa que para mim, meu amigo, nunca me incomodou!

Fonte: I

Bettencourt e Vieira projectam «derby» de emoções fortes

Unidos no apelo ao civismo e à utilização de transportes públicos para o Sporting-Benfica de sábado, José Eduardo Bettencourt e Luís Filipe Vieira vaticinam um grande espectáculo em Alvalade, mas não arriscam apostar num resultado.

«Num ‘derby’ ninguém sabe o resultado, independentemente de quem está melhor ou pior, temos experiência disso ao longo destes anos. Vontade de ganhar qualquer um de nós tem, de certeza absoluta. Dentro de campo se verá», afirmou o presidente do Benfica.

Já José Eduardo Bettencourt referiu que, «independentemente da diferença pontual» entre os dois clubes na classificação da Liga, o encontro de sábado será sempre de «características especiais» e jogado num «ambiente fantástico». Vieira afinou pelo mesmo diapasão, perspectivando igualmente «espectáculo grandioso», de «resultado imprevisível» mas vivido em ambiente de «grande festa».

Convidados a apontar o clube que atravessa o pior momento, o líder leonino reconheceu que, na sua opinião, é «sempre o Benfica», enquanto o seu homólogo encarnado disse que a resposta será dada «dentro do campo».

Os presidentes dos dois ‘grandes’ de Lisboa estiveram, esta manhã, na Câmara Municipal de Lisboa, na cerimónia de lançamento da campanha ‘Vá à bola de transportes públicos!’, que contou com a presença do líder do executivo, António Costa.

«Esta será uma semana em que nos envolveremos em criar um ambiente de responsabilidade, de festa, e de incentivo a um grande ‘fair-play’ para que seja um dia de festa da nossa cidade. Lanço um apelo para que as pessoas vão de transportes públicos e haja um comportamento cívico à altura dos pergaminhos da cidade», afirmou José Eduardo Bettencourt.

Fonte: a Bola

Canto Curto

Paulo "caso" Sér(g)io

Paulo Sérgio Bento Brito (Estremoz, 19 de Fevereiro de 1968) é um treinador de futebol de Portugal. Paulo Sérgio iniciou-se no futebol como jogador e há poucos anos "abraçou" a carreira de técnico. A 22 de Maio de 2008, após ter rescindido com o
Beira-Mar, assinou pelo Paços de Ferreira, clube que levou até à final da Taça de Portugal, perdendo por um golo contra o Porto. Em Outubro de 2009 assinou pelo Vitória Sport Clube, após a saída de Nelo Vingada do clube.
Este é o perfil de Paulo Sérgio, o "carrasco" do Benfica na Taça de Portugal...

A minha apreciação em relação ao "mister" do Guimarães já vem desde o tempo do Paços. Mais concretamente, desde a sua carreira na Taça de Portugal do ano passado. Depois da apreciação positiva que tive dele, vieram as finais (Taça e Supertaça), onde Paulo Sérgio me encheu as medidas. Não digo isto apenas no plano táctico ou técnico de treinador. Mas também, pelo aspecto humano, visto ter jogado esses dois jogos de "peito bem aberto" contra, o nada mais nada menos, Tetra campeão nacional. Jogando o jogo pelo jogo desde o apito inicial, e arriscando tudo no final (onde apenas perdia por uma bola a zero), acabando ambos os jogos com mais de três avançados em campo. Eu sei, e vocês certamente também, que quantidade não é sinónimo de qualidade! Até porque foi nessa exacta altura (perto do minuto 75 de jogo), que colocou a "carne toda no assador". O resultado disso, foi que o Paços de Ferreira deixou de criar perigo, e consequentemente as ocasiões de golo que teve até então. O meio-campo (forte e com capacidade de circulação de bola, típicos das equipas de Paulo Sérgio) deixou de ter unidades suficientes, de forma a que a bola chegasse em melhor condições aos homens da frente. É certo que tacticamente, não foram ambas grandes ideias do treinador Vila-franquense. Mas em termos de postura, Paulo Sérgio foi brilhante. Sem medos, sem rodeios e principalmente sem "autocarros". Treinadores destes fazem falta ao nosso futebol!
Na última quinta-feira, Paulo Sérgio foi o convidado de um programa da estação pública. Programa esse dedicado somente a analise de futebol. No programa o treinador deixou muitas ideias no ar. Como por exemplo, que iria ao Estádio da Luz, sem medo do que lhe iria aparecer à frente. E foi assim mesmo que o Guimarães eliminou o Benfica da Taça. Para além disso, disse que o plantel vimaranense tem condições para actuar em qualquer esquema táctico, faltando apenas tempo para os trabalhar. Deixou também no ar, que o Vitória Minhoto tem ainda muito que crescer, tendo uma grande margem de progressão para o resto do campeonato. Paulo Sérgio agarrou na mesma equipa que Nelo Vingada tinha, onde este não havia conseguido resultados. E nem isso, nem o facto de partir do últimos lugares da tabela, intimidaram o português de assumir a candidatura europeia, dizendo que era nesses lugares que ele e o plantel pensavam diariamente. Um homem frontal, sem rodeios, e que poderá ter um bom futuro em Portugal. Atenção a Paulo Sér(g)io!

João Vasco Nunes

3.ª fase: Benfica e V. Guimarães juntos no Grupo C

Benfica, detentor do troféu, e V. Guimarães vão defrontar-se no Grupo C da 3.ª fase da Taça da Liga, ditou o sorteio realizado esta manhã na Sede da Liga de Clubes, no Porto. FC Porto e Sporting também já conhecem os adversários.

A primeira jornada disputa-se a 2 e 3 de Janeiro, a segunda está marcada para o dia 13 e a terceira para os dias 23 e 24 do mesmo mês.

Apuram-se para as meias-finais os três primeiros classificados de cada grupo e a equipa que ocupe o segundo lugar com a melhor pontuação.


Composição dos grupos:

Grupo A: FC Porto, Leixões, Estoril e Portimonese

Grupo B: Sporting, Sp. Braga, Trofense e U. Leiria

Grupo C: Benfica, Nacional, Rio Ave e V. Guimarães.

Programa de jogos:

2 e 3 de Janeiro

Grupo A

FC Porto-Leixões; Portimonense-Estoril

Grupo B
Sporting-Sp. Braga; U. Leiria-Trofense

Grupo C
Benfica-Nacional; V. Guimarães-Rio Ave

13 Janeiro

Grupo A
Portimonense-FC Porto; Estoril-Leixões

Grupo B
U. Leiria-Sporting; Trofense-Sp. Braga

Grupo C
V. Guimarães-Benfica; Rio Ave-Nacional

23 e 24 Janeiro

Grupo A
Estoril-FC Porto: Leixões-Portimonense

Grupo B
Trofense-Sporting; Sp. Braga-U. Leiria

Grupo C
Rio Ave-Benfica; Nacional-V. Guimarães