sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Futebol de Gabinete


O rei ficou de cuecas!

Estas duas próximas semanas irei pronunciar-me sobre o desempenho e a situação financeira do Benfica, após a publicação do relatório & contas da época 2008/2009. Para os mais desatentos, importa clarificar que esta análise reporta à época em que Quique Flores foi o treinador dos encarnados e, portanto, nada tem a ver com esta época, apesar de indiciar algo bastante pior para o presente ano e de eu admitir que estou bastante curioso acerca do que nos irá aparecer à frente nessa altura.

Como irei mostrar, verificou-se um agravamento substancial na actividade desportiva do clube nesse ano, ao qual não apenas se contabilizou uma redução nos proveitos, mas inclusive um aumento exponencial dos custos (coluna vermelha).

Prestações de serviços. Aumentaram 3 milhões de euros em relação à época anterior, devido essencialmente ao aumento da publicidade e dos patrocínios e às receitas televisivas. Neste campo, o Benfica soube como gerir as relações com estas entidades no sentido de cobrar mais por uma equipa melhor mas que, como sabemos, acabou por não ter os resultados desejados (e para os promotores talvez também não).

Custos com pessoal. Destaca-se um aumento bastante elevado (10 milhões de euros) em função do aumento das remunerações gerais fixas (7 milhões de euros) e dos contratos de rescisão com Quique Flores e os seus técnicos (quase 3 milhões de euros). Realce-se, ainda, o aumento de quase 2 milhões de euros em custos operacionais relacionados com o acordo realizado com o Alverca sobre pormenores do passe do atleta Mantorras (um activo claramente desvalorizado, inutilizado e desnecessário ao clube), entre outros réditos.

Só com estas “brincadeiras”, o clube passou de resultados operacionais de quase 4 milhões positivos em 2008 para quase 30 milhões de euros de prejuízo. Isto é, uma quebra de 34 milhões de euros!

Por fim, o resultado líquido do exercício (prejuízo/coluna roxa) atingiu os 34 milhões de euros em função, também, do aumento dos custos financeiros (juros à banca, normalmente) o que indicia cada vez maiores necessidades de recorrer ao crédito devido à falta de lucros.

É inquestionável que os prejuízos do clube serão reflectidos nos capitais que os accionistas investiram no clube, restando agora saber (e viremo-lo na próxima semana) se, em contrapartida, o passivo diminuiu (atenuando estas perdas) ou se, a juntar ao péssimo desempenho, também ele foi agravado. Veremos…















Jorge Manuel Honório

3 comentários:

Amante disse...

Mas o que é isto? O Hi5? Sempre a mudar de foto!

Jorge Manuel Honório disse...

Oh jovem nem te digo nada! És um verdadeiro amante do insulto

Amante disse...

E não só!!