quinta-feira, 23 de julho de 2009

Futebol de Gabinete

Adepto Vs Investidor

Terça, 21 de Julho de 2009 e Benfica derrotado em casa pelo Atlético de Madrid. Sobre as conclusões do jogo, apraz pensar na questão: derrota mas ânimo ou derrota e desânimo?
À primeira vista e, posteriormente, ouvindo o treinador Jesus, os adeptos à saída do estádio e os media, o Benfica apresentou um futebol delicioso, bem jogado e com “fio de jogo” e onde o principal problema esteve na imaturidade e desconcentração da “juventude” em campo, com destaque para os golos falhados e para os erros infantis cometidos na defesa.
Estando atento às transacções em bolsa do dia seguinte, verificámos, porém, que as cotações do clube chegaram a cair até 1,45%, batendo no valor mais baixo dos últimos 7 dias. Perguntamos: então afinal o Benfica até nem tinha estado bastante bem? É aqui que entra a oposição entre o pensamento do adepto e a situação do investidor. Tornou-se óbvio que, por mais optimismo e satisfação que se tenha transparecido para fora, após o jogo com o Atlético de Madrid, o mercado não “olhou” a essa euforia e, com a primeira derrota da época, renasceu algum pessimismo e receio em alguns sectores. Afinal são os resultados que imperam.
Neste sentido, a alegria não é compatível com o dinheiro (como se viu) e se muita gente se está a preparar para “assaltar” acções do Benfica com vista a ganhar dinheiro, tendo em mente os resultados desportivos, desenganem-se meus amigos! Para além de serem posições pouco voláteis em bolsa e com pouca sensibilidade face às alterações do mercado bolsista, tanto o investidor como o adepto desconhecem a situação líquida que o Benfica encontrará em breve.

Jorge Manuel Honório

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