sexta-feira, 3 de julho de 2009

Futebol de Gabinete

Lucho-Milhões

Numa fase bastante difícil e de “aperto do cinto” para os clubes portugueses que procuram viabilizar e consolidar os seus créditos vencidos, junto principalmente, das finanças e da segurança social para que se possam inscrever nos campeonatos profissionais, surge a notícia real da venda de um dos principais activos do campeão nacional.
Se, por um lado, é de extrema importância aos clubes portugueses e mundiais estabelecer (em geral) realizações de caixa e encaixes de curto prazo, não deixa de ser tão verdade que estava concretizada a ideia de que o lucho “comandante” finalmente acabara ou, pelo menos, não daria aquilo que já conseguiu render ao serviço do FCP. O final de época de sucesso com Lucho no “estaleiro” desfez o mito de um Porto “Lucho-dependente”, facto que deverá ter contribuído, em grande parte, à decisão de vender o jogador argentino. O facto do grande e ambicionado “salto” do jogador acabar por se chamar Marselha de França diz muito acerca da motivação do jogador em continuar a jogar em Portugal.
Nasce o sentimento e a incompreensão na sociedade portuguesa do futebol sobre as sucessivas e assumidas posições vendedoras do Futebol Clube do Porto e o facto de, associada a essa situação, o clube do norte continuar a ser o líder nacional incontestável. Recorde-se que o Porto, nos últimos anos, alienou activos como Quaresma, Pepe, Bosingwa ou Paulo Assunção e manteve sempre os índices de competitividade, especialmente na liga dos campeões. Parece que estratégia é para manter.
Esta injecção imediata de capital vai permitir, assim, estabelecer maior confiança nas finanças portistas, e nos investidores numa altura de crise e estabelecer maior visibilidade e liquidez às posições em bolsa, tendo em conta que é um clube ganhador, estável e que consegue gerir eficientemente uma postura vendedora com uma atitude vencedora. Com este encaixe, consolida a sua estrutura financeira e assegura a viabilidade económica e a confiança dos agentes económicos.

Jorge Manuel Honório

PS:
Relativamente ao artigo da semana passada sobre o montante da transferência de Saviola, a nossa equipa congratula-se com o facto de ter sido esclarecida, em parte, a situação. Segundo alguns media e informações de órgãos do Benfica, os tais dois milhões de euros “em excesso” devem-se à antecipação de contribuições salariais do jogador, “encaixadas” numa espécie de prémio de assinatura que reverte exclusivamente para o jogador e que pretendiam que o mesmo reduzisse o seu salário mensal de cerca de 600.000 € por mês, no Real Madrid, para cerca de 120.000 € ao serviço do Benfica.
Os nossos agradecimentos.

2 comentários:

Vasco Miguel Casimiro disse...

Este Manolo tem pinta de jogador :)

Anónimo disse...

na minha opiniao o porto sempre teve olho para gestao financeira e de recursos humanos...n é por nada k este negocio veio mesmo a calhar...com a venda de lucho, surge agora a oportunidade de investir no novo jogador num prazo de 2 a 3 anos...para depois lançá-lo para patamares superiores....em suma...o porto está melhor que o sporting e benfica no que toca a gestao financeira.

Xkorpio