segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Canto Curto

Qualquer coisa… Pacheco

Ontem decidi aproveitar uma solarenga tarde de Domingo para ir ao Futebol. Desloquei-me ao Municipal da minha cidade, para assistir a um jogo da Liga Vitalis. Isto, visto o AD Carregado estar a jogar em casa emprestada, na minha bonita cidade.
Estava sentado nas bancadas, apenas e só, na condição de adepto de futebol. Logo, longe de fanatismos e facciosismos, isto apesar de um amigo meu estar a jogar pelos da casa. Na mais pura da isenção, dei por mim a assistir a um jogo enfadonho, muito lutado a “meio-campo”, e com interesse praticamente nulo. Dei por mim a pensar a meio da primeira parte, que ainda não se tinha ouvido qualquer tipo de apupo ou injúria à equipa de arbitragem. Ainda nem sequer sabia a cor do árbitro, se vestia amarelo ou preto, se era careca, magro ou gordo… Ou seja, o árbitro, contrariando aquilo que já está enraizado na nossa cultura, conseguiu passar ao lado do jogo e da polémica. E parafraseando o locutor da rádio onde eu escutava os outros relatos da Liga Sagres, “exibição sem mácula” por parte do árbitro da partida. Árbitro esse, que de tão pouco dar nas vistas, nem o nome sei… apenas sei que é qualquer coisa Pacheco!
Isto deixa-me a pensar seriamente, se existe qualidade na arbitragem Portuguesa? À primeira vista, sim! Tendo em conta aquilo que estava perante os meus olhos… Mas expliquem-me o porquê de nestas divisões se assistir a exibições boas da arbitragem e depois a divisão principal ser como é? Aliás os grandes “escândalos” destas divisões inferiores passam-se com árbitros bem conhecidos como intervenientes.
Das duas uma, ou estes jovens árbitros (de qualidade!) não são nem doutores, nem generais e consequentemente não possuem “cunhas” para os grandes palcos. Ou então acusam a pressão nesses mesmos grandes palcos e grandes públicos! Mas de que me lembra, nunca vi este qualquer coisa… Pacheco, num grande palco! Daí tirem as vossas conclusões…
Já começo a pensar que para ser árbitro em Portugal, tem que se dar nas vistas! Os que passam exemplarmente ao lado do jogo e não querem ser protagonistas, nunca lá chegarão!
Talvez qualquer árbitro que se preze tenha que ser protagonista, não vá o destino fazer com que sejam conhecidos por qualquer coisa… Benquerença, Paraty, Paixão, etc.

João Vasco Nunes

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