Bandeiras e bandeirinhas
Fala-se, como nunca, na introdução de novas tecnologias no futebol, meios que permitam resultados desportivos mais próximos da realidade do poderio e forma das equipas que, em campo, se exibem. Tecnologias como ship’s, o “hawk eye” ou o recurso aos meios digitais (o mais barato e acessível).
O presidente da FIFA admite que a introdução do “hawk eye”era benéfica mas não parece, definitivamente, a melhor solução para o problema da verdade desportiva. A técnica exige fundos e meios que não estão ao dispor de clubes menores que disputam as primeiras divisões em diferentes campeonatos mundiais. Segundo, é uma técnica útil no ténis (onde as interrupções são constantes na medida em que funciona por “meias partidas”), mas inútil no futebol.
O jogo do Benfica foi uma verdadeira vergonha, o exemplo daquilo que é a influência de uma arbitragem no jogo. Neste caso não na vitória, mas sim no resultado. A arbitragem já é um problema com influência excessiva no futebol, ainda para mais algumas nomeações provocatórias e “dinamitadoras” do mesmo. O jogo provou não apenas a incapacidade e portanto a incompetência desta arbitragem, mas ainda a clarividência de que a generalidade dos árbitros em Portugal não cumpre o disposto da lei. Em caso de dúvida privilegia-se o ataque. Resta concluir que enquanto não se evitar o erro humano, aquele que não devia interferir no jogo, só resta ao mundo do futebol recorrer aos meios televisivos em directo. É a minha visão e à qual acredito que terá correspondência a curto prazo. Porque uma coisa é o erro humano dos jogadores, aqueles a quem e por quem nos dirigimos aos estádios. Outra é o erro humano duma triste figura (muitas vezes incompetente) que está ali para impor disciplina no jogo.
O futebol continua e continuará a ser um grande estimulador de paixões e sensações vividas à flor da pele, mas continuarão elas desvirtuadas e sem ter em conta os verdadeiros intervenientes e aqueles que realmente merecem proclamar protagonismo?
Jorge Manuel Honório
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