terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Abel Xavier acaba carreira e converte-se ao islamismo



Antigo internacional Explica a A BOLA porque abraçou uma nova religião. Faisal pode ser o seu novo nome.

Abel Xavier pôs fim a uma carreira de quase 20 anos ao mais alto nível. Em conferência de imprensa transmitida em directo por vários canais televisivos do Golfo Pérsico, anunciou, também, a sua conversão ao islamismo. «É um adeus emocionado e com a esperança de participar em algo muito gratificante numa nova etapa da minha vida», resume a A BOLA.

O antigo internacional português associou a sua despedida dos relvados a uma revelação surpreendente. No Emirado de Ras al-Khaimah, na presença de elementos da família real e de um imã, Abel Xavier anunciou o seu testemunho de fé e a participação num projecto humanitário cujo objectivo é beneficiar a vida de milhões em África. Em conversa telefónica com A BOLA, pouco depois de ter estado em casa do xeque Ahmed bin Saqr Al-Qasimi, irmão do príncipe regente, revelou que abraçou o Islão depois de um longo período de reflexão.

«Nunca falei disto, mas posso revelar que foi através do mundo muçulmano, que ultrapassei os períodos mais complicados da minha carreira. Em momentos de aflição, encontrei o conforto no islamismo», começa por dizer Abel Xavier. A experiência «muito marcante», em 2003, no Galatasaray, da Turquia, alimentou o interesse no Islão. «Lentamente, aprendi uma religião que professa a paz, a igualdade, a liberdade e a esperança. Alicerces em que me revejo. Só depois de um conhecimento profundo e de uma vivência intensa, tomei esta decisão. Gostava de agradecer à família real o carinho e afecto. Abraçaram-me e fizeram-me sentir especial», conta. Agora, Abel diz-se preparado para uma nova vida.

«Ao contrário do que as aparências podem fazer supor, sempre tive hábitos rigorosos e vou respeitar as regras do Islão. Mas o compromisso com Deus é privado», afirma. Uma nova vida, quase de certeza, com novo nome: «O xeque Taleb Al-Qasimi, que apadrinhou a minha conversão, gostaria que eu tivesse o nome de Faisal, em homenagem a um antigo rei.»

Fonte: a Bola

1 comentário:

Fábio Ferreira disse...

Este está a ver se alguém ainda se lembra dele...