domingo, 31 de janeiro de 2010

Alerta na SAD do dragão



Fernando Gomes equaciona demitir-se. Administrador defende contenção nos gastos e sente-se desautorizado. Ruptura à vista.

Desenha-se uma baixa de grande significado e efeitos imprevisíveis na equipa administrativa dos dragões: Fernando Gomes. Responsável máximo pela área financeira da SAD do FC Porto desde 2001, foi conquistando espaço importante na restrita estrutura de topo da sociedade desportiva graças à gestão cuidada nas contas, o que lhe garantiu uma imagem de seriedade que o catapultou para o selectivo nicho de primeiras figuras do clube.

Mas divergências acumuladas do foro económico-financeiro, ainda que só, desencadearam reacções em cadeia com detonações inesperadas no próprio gabinete do presidente que desgostaram, e muito, o sempre discreto e sereno administrador, que pondera demitir-se das suas funções.

Decisão drástica, ainda que não tomada - e que a ser formalizada carecerá, como mandam os regulamentos para as sociedades cotadas em bolsa, de comunicação por escrito à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários -, assim como nada usual na cabeça da hierarquia dos azuis e brancos desde que Pinto da Costa assumiu a liderança e implementou um modelo de conduta que é tido como uma das bases do sucesso do FC Porto.

Mesmo cuidadosos e exímios a gerirem e até solucionarem situações de ruptura, como parece ser o caso, os administradores e elementos mais graduados da SAD não impediram que a posição de Fernando Gomes se extremasse nestes últimos tempos.

KLÉBER, A GOTA DE ÁGUA

Uma carta enviada há alguns dias pelo número um da área financeira dos dragões já denunciava, entretanto, o seu incómodo e apreensão com a derrapagem das contas e gastos, supondo-se, e nada mais do que isso, que as aquisições de Rúben Micael e Kléber tenham sido as gotas de água que fizeram esgotar a sua paciência.

Defensor acérrimo de uma política económica de contenção para o FC Porto, Fernando Gomes nem por isso mostrou insensibilidade para investimentos necessários na principal equipa de futebol. Como ainda na época passada fez menção de dizer, numa das poucas entrevistas concedidas, desde que Pinto da Costa é presidente «a sociedade assumiu uma filosofia de estar neste negócio com alguma dose de risco».

Fonte: a Bola

2 comentários:

Jorge Manuel Honório disse...

Se forem ver o meu texto relativamente à comparação dos clubes portugueses com outros da europa verão o que eu digo la no último gráfico e perceberão que afinal os papagaios e as coop's que diziam aí mal parece que vão ter de se calar

Amante disse...

Muito bem senhor Honório. Bom trabalho, a mostar que o livre directo também dá cartas nas finanças desportivas.