João Gabriel, diretor de comunicação do Benfica, deu esta segunda-feira uma conferência de imprensa onde anunciou a intenção do clube da Luz em deixar de comparecer nos fash-interviews depois dos jogos, caso as perguntas colocadas pelos jornalistas não se limitem ao que se passou no encontro.
Esta declaração surge na sequência do encontro de domingo, em Aveiro, onde Jorge Jesus abandonou abruptamente o "flash" quando começou a ser inquirido pelo jornalista da TVI sobre o alegado mau ambiente reinante no balneário do Benfica.
"As entrevistas rápidas não são para perguntar sobre o jogador 'A' ou 'B'; se o Governo teve ou não influência editorial na TVI ou se a Manuela Moura Guedes foi censurada. Elas servem apenas para fazer perguntas sobre as incidências do jogo", esclareceu João Gabriel.
"A situação de ontem não foi inédita, o Benfica já tinha alertado a Liga sobre isto. O problema mantém-se à 12.ª jornada e o que se passou em Aveiro foi premeditado. Foi um ato provocatório", acusou, explicando, depois, qual deve ser, em seu entender, a postura do profissional da comunicação social nestes casos: "O jornalista deve cumprir com isenção e objetividade o que está no regulamento da Liga."
E deixou, por isso, um aviso: "Se esta situação se mantiver, o Benfica reserva-se ao direito de não comparecer no 'flash interview'!"
Relativamente ao facto de o jornalista da TVI no final da entrevista ter justificado a atitude de Jesus, dizendo que o treinador está habituado às perguntas da Benfica TV, João Gabriel saiu em defesa do canal do clube. "Como vocês [jornalistas] sabem, a mais-valia num meio de comunicação é ter um exclusivo. E o facto de as antevisões serem feitas não Benfica TV não colide com o vosso direito à informação e acesso às fontes, pois estamos apenas a valorizar um investimento que foi feito pelo Benfica. É um absurdo falarem em monólogos. Já vi esta temporada alguns treinadores fazerem autênticos monólogos em salas de imprensa."
Fonte: Record
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